São Paulo – Foram produzidos 4 mil chassis de ônibus no Brasil de janeiro a março, volume 29,6% menor do que o registrado no primeiro trimestre do ano passado, de acordo com dados divulgados pela Anfavea na segunda-feira, 10. Gustavo Bonini, vice-presidente da entidade, disse que, assim como nos caminhões, a situação preocupa e está sendo monitorada:
“Isso é reflexo da antecipação de compras, que aconteceu, sim, no fim do ano passado, mas ainda não estava clara para nós, por causa da limitação de produção que havia em 2022 pela falta de componentes”.
O número de emplacamentos deixa claro este movimento, pois apenas 0,5% do total vendido no ano foi de modelos Euro 6, com os antigos Euro 5 representando quase toda a demanda até março. No trimestre foram vendidos 6,2 mil ônibus, volume 87,2% maior do que o comercializado em 2022 no mesmo período.
Ressalte-se, porém, que da venda do chassi ao emplacamento do ônibus há um prazo mais esticado do que o dos caminhões por causa do encarroçamento. Bonini disse que pode chegar a até seis meses.
Com 808 unidades embarcadas até março o setor registrou retração de 16,7% nas exportações ante iguais meses do ano passado.
Março – A produção de chassis de ônibus em março chegou a 2 mil unidades, recuo de 19,1% sobre março de 2022 e crescimento de 53,6% ante fevereiro, por causa da base de comparação baixa.
Os emplacamentos no mês passado somaram 2,6 mil unidades, incremento de 88,7% com relação a março de 2022 e alta de 32,8% ante fevereiro. Foram exportados 215 chassis em março, queda de 46% na comparação com o mesmo mês de 2022 e de 29% comparado com fevereiro.