Perda de competitividade do produto brasileiro na região acendeu o alerta da Anfavea
São Paulo – O aumento das importações, de cerca de 58 mil unidades de janeiro a outubro, e a queda nas exportações, de mais de 52 mil veículos no período, fez com que a produção nacional nos primeiros dez meses do ano ficasse estagnada. Saíram das linhas de montagem 1 milhão 950 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e chassis de ônibus, recuo de 0,6%, ou quase 12 mil veículos, com relação ao mesmo período de 2022, segundo dados que a Anfavea divulgou na quarta-feira, 8.
“Somadas essas quase 60 mil unidades teríamos superado os 2 milhões e 10 mil veículos produzidos”, disse Márcio de Lima Leite, presidente da entidade. “Representaria crescimento sobre os 1 milhão 962 mil do ano passado.”
Em outubro saíram das linhas de montagem 199,8 mil veículos, queda de 3,1% na comparação anual e de 4,4% na mensal. Não houve alteração significativa do nível de estoque, que fechou com 263,4 mil unidades nos pátios das montadoras e concessionárias, ante 265,7 mil em setembro.
O presidente da Anfavea demonstrou preocupação porque, segundo ele, o aumento de importações inibe investimentos em produção no País. O que afeta, também, o emprego.
Em outubro a indústria manteve os 100,6 mil trabalhadores com carteira assinada de setembro. Com relação há um ano foram fechados 3,2 mil postos de trabalho. Desde o fim de 2022 1,3 mil empregos diretos foram cortados.