São Paulo – As montadoras instaladas na Argentina produziram no ano passado 610,7 mil veículos, volume que representa avanço de 13,7% com relação às 536,8 mil unidades de 2022. Ao longo de 2023 as exportações avançaram 1,1% e somaram 325,9 mil unidades.
Os dados foram divulgados pela Adefa, entidade que reúne as empresas fabricantes de veículos no país vizinho. No ano passado foram comercializadas 449,4 mil unidades no mercado interno, alta de 10,2% frente a 2022, de acordo com informações da Acara, associação que representa as concessionárias.
Segundo o presidente da Adefa, Martín Zuppi, apesar de os números terem ficado abaixo das projeções do início do ano, os volumes registaram melhora na comparação anual: “Isto foi, sem dúvida, produto do empenho e do árduo trabalho conjunto que assumimos com a cadeia de valor para que a nossa atividade não seja ainda mais afetada pelo contexto local desafiante que o setor atravessou durante o ano”.
Zuppi lembrou que o setor possui capacidade para produzir 1,3 milhão de veículos por ano e que realizou investimentos que superam US$ 6,5 bilhões de 2017 a 2023 no desenvolvimento de produtos globais, na incorporação de novas tecnologias nas fábricas e na geração de emprego.
Em dezembro foram produzidos 36,9 mil unidades, leve recuo de 0,4% frente às 37,1 mil unidades do mesmo mês em 2022, e 34,6% abaixo das 56,5 mil de novembro. Segundo a Adefa isto se deve ao fato de que o último mês de 2023 contou com apenas treze dias úteis de atividades, oito a menos do que no penúltimo mês.
As exportações em dezembro também recuaram 28,2% ante novembro, com 21,8 mil unidades. Em comparação ao último mês de 2022 o recuo foi de 3,5%.
Sobre as projeções para 2024 Zuppi disse que está aguardando o desempenho do primeiro trimestre para então ter uma ideia mais clara de como será o ano:
“É preciso ponderar que existem diversos assuntos pendentes na agenda que são estratégicos e têm impacto direto nas operações e nos negócios do setor, como a dívida comercial, os impostos e as retenções nas exportações, para os quais já foram estabelecidos canais de diálogo com as novas autoridades para então obter previsibilidade no desenvolvimento da atividade”.