São Paulo – O setor automotivo deverá investir em torno de R$ 100 bilhões nos próximos anos com a transição tecnológica necessária para a eletrificação e os estímulos existentes no Mover, Mobilidade Verde e Inovação. Esta é a expectativa de Geraldo Alckmin, ministro do MDIC, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e vice-presidente da República, que deu entrevista ao programa Bom Dia Ministro, veiculado pela EBC.
O ministro se reuniu com representantes da Anfavea na terça-feira, 6, quando foram apresentados os planos de investimento de toda a indústria. O valor supera os R$ 41 bilhões anunciados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira, 2, em visita à fábrica da Volkswagen Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP.
“Na reunião que tive com representantes da Anfavea foi anunciada a expectativa de um total de R$ 100 bilhões nos próximos anos, provavelmente até 2028 ou 2029”, afirmou o ministro, segundo a Agência Brasil. “Tanto em veículos leves como pesados, como ônibus e caminhões. Tanto em motores a combustão como etanol, flex, híbridos e elétricos.”
Alckmin estará na entrevista coletiva que a Anfavea concederá à imprensa na manhã de quinta-feira, 8, quando comentará os números, e pontos do Mover, a política industrial anunciada pelo governo no apagar das luzes de 2023.
Segundo a entidade, que foi consultada pela reportagem da Agência AutoData, o valor não chega a R$ 100 bilhões, mas ainda existem planos de investimento não divulgados. De toda forma será um “investimento recorde”, como destacou o ministro, lembrando que estimula uma longa cadeia, que envolve indústrias de aço, vidros, pneus e autopeças, “gerando muito emprego e agregando muito valor”.
“Já temos fábrica de ônibus elétrico. Teremos também duas fábricas de carros elétricos. São duas montadoras: a BYD em Camaçari [BA] e a GWM, em Iracemápolis [SP]. E outras virão.”