São Paulo – As empresas produtoras de veículos, na Argentina, fabricaram, ao longo do primeiro bimestre, 60 mil 134 unidades, volume 18,2% aquém das 73 mil 470 produzidas no mesmo período de 2023. Considerando fevereiro saíram das linhas 37 mil 491 unidades, 19% a menos do que no mesmo mês no ano passado, 46 mil 286. Foi o que apontou balanço da Adefa.
Fevereiro contou com apenas treze dias úteis de atividade, cinco a menos do que no segundo mês de 2023, por causa da paralisação prolongada devido a férias e necessidade de reposição de estoques. Ainda assim, se comparado a janeiro, 22 mil 643 veículos, o volume de produção de fevereiro ficou 65,6% acima.
Quanto às exportações foram 38 mil 886 veículos no primeiro bimestre, 10,1% acima dos 35 mil 318 vendidos a outros países no janeiro-fevereiro do ano passado. Apenas em fevereiro o volume de 23 mil 584 unidades exportadas ficou 1,6% abaixo das 23 mil 960 do mesmo mês de 2023 e 54,1% acima das 15 mil 302 de janeiro.
Segundo o presidente da Adefa, Martin Zuppi, o país passa por processo de organização macroeconômica que reflete no mercado interno, por isto a importância de seguir fortalecendo as exportações: “Este caminho é fundamental para o setor porque no curto e médio prazos é aquele que nos permitirá sustentar o emprego e a produção face a um mercado interno em contração”.
Dados da Acara, que representa os concessionários, divulgados no início do mês, apontaram para recuo de 27,4% nas vendas durante o primeiro bimestre, totalizando 58,7 mil unidades. Os veículos brasileiros também perderam espaço no mercado argentino, representando 26% do total emplacado ante 29% em janeiro e fevereiro de 2023.
Quanto a projeções para 2024 Zuppi disse ser preciso aguardar a evolução do primeiro trimestre. Ao mesmo tempo ressaltou a necessidade de continuar a trabalhar em conjunto com a cadeia de valor e com o governo na agenda do setor para identificar ferramentas que permitam melhorar a competitividade.