Foram vendidos 8,7 mil veículos por dia, superando os anos de 2021, 2022 e 2023
São Paulo – Em dezenove dias úteis fevereiro registrou média de 8,7 mil emplacamentos diários, a melhor para o mês desde 2020, quando ainda não havia a epidemia de covid-19 – à época as vendas diárias superavam 11 mil veículos. Os dados foram divulgados pela Anfavea na quinta-feira, 7.
A média diária, para o presidente Márcio Lima Leite, é o principal indicativo para medir o desempenho do mês: “Houve um crescimento relevante na média diária de vendas, aumento de 18,4% sobre janeiro, que foi um mês bom, e de 20% sobre fevereiro do ano passado. O constante aumento da média diária aponta para um crescimento ao longo do ano”.
O volume de vendas em fevereiro foi de 165,2 mil veículos, crescimento de 27,1% na comparação com igual mês de 2023 e alta de 2,2% sobre janeiro, mesmo com três dias úteis a menos e o efeito do carnaval, que costuma reduzir a demanda no mês. Lima Leite avaliou o resultado geral como muito positivo.
O número de fevereiro teve um impulso importante das locadoras, que costumam comprar 50 mil veículos mensais, em média, mas adquiriram 70 mil unidades no mês passado. O presidente ressaltou que o volume das locadoras tem aumentado mensalmente porque a idade média dos veículos das locadoras está mais alta do que o normal, existindo a necessidade de renovar a frota.
Os estoques em fevereiro fecharam em 217,6 mil unidades, volume estável na comparação com janeiro e suficientes para abastecer o mercado durante 38 dias.
Bimestre
No acumulado do ano as vendas somaram 327 mil unidades, expansão de 19,8% sobre os dois primeiros meses de 2023. Lima disse que gostaria de errar na projeção para o ano, que é de crescimento de 7% sobre o volume de 2023, e que este porcentual fosse mantido, mas considera pouco provável:
“No ano passado os emplacamentos de janeiro a março ficaram muito abaixo do esperado, por isto o crescimento até agora é maior. A recuperação do mercado em 2023 começou a partir de junho, com o programa de incentivos do governo”.
A partir do final do segundo trimestre a base comparativa será maior, o que deverá segurar o crescimento de dois dígitos registrado até agora. A Anfavea acredita que em 2024 não haverá nenhum tipo de programa para impulsionar as vendas porque o mercado já está em crescimento, diferente do primeiro semestre de 2023, que não conseguia recuperar o volume de vendas.