São Paulo – A MWM substituiu motores a diesel de caminhões e motobombas da Cocal, empresa do setor sucroenergético do Oeste Paulista, por outros 100% a gás, com potências de 220 cv a 330 cv, abastecidos exclusivamente com biometano. O planejamento da operação, que começou em 2022, resultou na mudança de vinte equipamentos.
O biometano utilizado é produzido a partir dos resíduos da cana, vinhaça e torta de filtro, transformados na unidade de biogás da Cocal em Narandiba, SP. Este gás renovável é distribuído para os clientes por meio de carretas ou gasoduto e, simultaneamente, integra a frota da empresa, contribuindo para a redução do consumo de diesel durante a safra.
Para Cristian Malevic, diretor de descarbonização da MWM, além da redução do impacto ambiental há outros benefícios, como a simplificação da manutenção e reposição de peças, com 85% dos componentes idênticos aos utilizados nos motores a diesel: “A similaridade no consumo, torque e potência com relação aos motores a diesel garantem desempenho e eficiência”.
O principal desafio do uso de equipamentos a biometano no campo, de acordo com o diretor agrícola da Cocal, Jurandir de Oliveira, é a autonomia e logística de abastecimento, “e por isto estamos ao lado da MWM para buscar soluções que tornem cada vez mais viável a operação em larga escala. Na última safra, encerrada em março, a Cocal atingiu o consumo total de 685 mil m³ de biometano na própria frota, equivalente a 1,9 mil toneladas de CO2 que deixaram de ser emitidas”.