São Paulo – A GHL, Gear Head Lube, fabricante de lubrificantes sustentáveis, pretende produzir no Brasil as suas pastilhas de graxa à base de soja para a quinta roda dos caminhões. A sua operação iniciou com a importação de um lote de 3,5 mil pastilhas, segundo Joaquim Leão, seu diretor de desenvolvimento de negócios, que disse que as conversas estão avançadas e a produção local deverá começar em até três meses:
“Estamos em vias de fechar o acordo com um parceiro local, com fábrica no Rio Grande do Sul, que já produz outros lubrificantes sustentáveis em sua fábrica e o nosso produto entrará na linha de produção que já está instalada”.
O executivo disse que o Brasil, um dos maiores produtores de soja do mundo, possui matéria-prima com custo interessante, o que torna viável o negócio localmente. O parceiro não foi revelado, mas o diretor informou que a empresa está no Brasil há mais de trinta anos com produção local de produtos sustentáveis.
Com a expectativa de iniciar a produção em um prazo de três meses os planos da GHL vão além do mercado brasileiro, olhando também para a possibilidade de exportar para toda a América Latina. Outros mercados como Canadá e Europa seguirão sendo atendidos pela matriz, a partir da fábrica instalada nos Estados Unidos, em Iowa, outro forte produtor global de soja e país em que o produto foi muito bem aceito.
Enquanto segue com as negociações a GHL iniciará suas vendas aqui a partir do seu site, e negocia parcerias com grandes distribuidores de autopeças para avançar no mercado nacional e ganhar volume. Outro caminho será a negociação direta com grandes frotistas que utilizam até 50 quilos de graxa por ano para lubrificar a quinta roda dos seus caminhões.
Segundo Leão o custo do seu produto é muito similar ao da graxa convencional e quando for nacionalizado ficará ainda mais barato, mas a intenção é atrair novos clientes por causa da sua pegada sustentável, uma vez que as empresas buscam cada vez mais esse tipo de solução para avançar dentro dos pilares do ESG.
As pastilhas à base de soja, sem o uso de lítio e de hidrocarbonetos, têm capacidade de lubrificação igual ou até maior do que a graxa convencional e são mais fáceis de aplicar, esmagadas quando o caminhão é acoplado ao implemento, se espalhando enquanto o veículo roda, sem desperdiçar o conteúdo e reduzindo a sujeira na hora da aplicação.
O estoque dos produtos importados fica em Caxias do Sul, RS, junto com o escritório da empresa, que poderá ampliar seu portfólio de lubrificantes sustentáveis nacionais no futuro mantendo a pastilha de graxa para quinta roda dos caminhões como seu carro-chefe.