São Paulo — Saíram das linhas de produção argentinas, durante o primeiro semestre, 216,7 mil veículos, 26,7% abaixo das 295,7 mil unidades fabricadas de janeiro a junho de 2023. De acordo com os dados da Adefa, que representa as montadoras locais, as exportações também recuaram no acumulado do ano, 16,6%, com 126,8 mil embarques.
Contribuiu à menor produção, além da queda nas vendas a outros países, a diminuição de 22,6% no total de veículos emplacados no primeiro semestre, de 182,4 mil unidades, de acordo com dados da Acara, representante das concessionárias do país.
De acordo com Martín Zuppi, presidente da Adefa, conforme era previsto o processo de adaptação ao novo contexto econômico continua. Desde o fim do ano passado o governo local onerou a produção e as exportações, que tiveram sua carga tributária dobrada.
Além disso, a tragédia sem precedentes que assolou o Rio Grande do Sul por causa das enchentes provocou a paralisação em algumas fábricas da Argentina, além do Brasil nos últimos dois meses, e, portanto, elas ainda estão retomando o ritmo de produção.
Os quinze dias úteis de atividade de junho, um a menos que maio, somado às paradas, resultaram em 32 mil unidades fabricadas, 16,7% menos que no mês anterior e 40,2% abaixo das 53,5 mil unidades do mesmo mês em 2023. As exportações somaram 20,8 mil veículos e recuaram 9,1% frente a maio e 10,3% em comparação a junho do ano passado.
“Este é um momento para redobrarmos esforços e continuarmos trabalhando em conjunto com a cadeia de valor e o governo em uma agenda proativa para que, com as medidas anunciadas sejam promovidas as condições para retomar o crescimento do setor”, assinalou Zuppi.