O tradicional jaguar de lado saiu de cena e tipografia ficou minimalista
São Paulo – Ações ousadas de marketing sempre dividem opiniões. Há cerca de dez anos a Mercedes-Benz lançou, no Brasil, um comercial do Classe A com um funk ao fundo. Enquanto imagens do hatch apareciam girando para um lado e para o outro a música Passinho do Volante tocava ao fundo, com o refrão Ah lelek lek lek.
Houve repercussão nas redes sociais, ainda que, à época, as mídias ainda não tivessem a força e a presença de hoje. Muitos alegavam que a marca, sinônimo de requinte e sofisticação, não poderia ser associada ao funk, ritmo que, na época, era considerado das periferias. Outros diziam que era uma decisão acertada, pois a intenção da Mercedes-Benz era justamente alcançar o público jovem, que já começava a adotar o funk como ritmo preferido independentemente da classe social.
A polêmica da vez veio de outra marca de luxo: a Jaguar. No começo da semana a JLR divulgou parte de seus planos futuros, que parte para um recomeço elétrico com três lançamentos até 2030, o primeiro deles a ser apresentado em Miami, na Flórida, Estados Unidos, em 2 de dezembro.
Com o tema Copy Nothing, que remete a seu fundador, sir William Lyons, que dizia que um Jaguar não deveria ser cópia de nada, a linguagem visual adota o que foi chamado de Modernismo Exuberante. Traz cores vivas, diversidade e o polêmico novo logotipo, com tipografia minimalista e sem o jaguar que a acompanhava desde a década de 1980.
Como o carro ainda não foi mostrado não é possível saber, ainda, como esta nova identidade será transferida ao veículo. Goste você, leitor, ou não, a Jaguar alcançou ao menos um dos objetivos do marketing: chamar a atenção. Em 2 de dezembro muita gente estará ligada ao que está acontecendo em Miami para poder criticar, ou elogiar, os próximos passos da marca.