São Paulo – A Volkswagen admitiu não ver outra saída que não demissões e fechamento de fábricas na Alemanha a fim de manter-se competitiva frente a outras montadoras. O CEO da companhia, Thomas Schaefer, afirmou existir a necessidade de cortar € 4 bilhões – embora esforços de economia já tenham gerado efeito positivo nos lucros de € 7,5 bilhões – e que este, portanto é o único caminho.
Segundo a Automotive News Europe, diante da crise instalada trabalhadores ameaçam entrar em greve a partir de dezembro. Os sindicatos locais pressionam a empresa para que seja apresentada alternativa que exclua encerramento de produção e dispensas em massa.
Em entrevista ao jornal Welt am Sonntag Schaefer assinalou que não há sentido em adiar a reestruturação até 2035, que não pode “simplesmente colocar um bandêide e continuar arrastando a situação”, realizando cortes pontuais e antecipando aposentadorias. E que é preciso concluir o processo em três ou quatro anos.
Será proposto aos trabalhadores da unidade VW AG, no epicentro do conflito atual, que aceitem redução de salários de 10%. Segundo o CEO os vencimentos, nas suas unidades alemãs, são duas vezes superiores àqueles de unidades situadas no Sul e no Leste Europeu.
De acordo com a Bloomberg as fábricas que podem ser fechadas, ou vendidas, são as de Osnabrück, com cerca de 2,3 mil funcionários e onde são fabricados os modelos T-Roc Cabriolet, Porsche Cayman e Boxter, e Dresden, com 340 empregados, onde é feito o ID.3 hatchback. A unidade de Emden poderá ser cedida para fabricação sob contrato. No local trabalham 8,6 mil profissionais, que produzem o SUV ID.4 e o sedã ID.7.