Linha de Montagem entrevista Ênio Campoi, fundador e proprietário da Mecânica de Comunicação
São Paulo – Há entrevistas que a gente faz com o gravador ligado e o coração aberto. A conversa desta quinzena foi uma destas: o convidado foi Ênio Campoi, fundador e proprietário da Mecânica de Comunicação, uma das mais tradicionais empresas de comunicação corporativa e assessoria de imprensa do País, que acaba de completar 52 anos de atividade, boa parte deles dedicados ao universo da mobilidade.
Mais do que uma história de sucesso empresarial a trajetória de Ênio se confunde com a própria evolução da comunicação no setor automotivo brasileiro. Ao longo de mais de cinco décadas ele e a Mecânica de Comunicação ajudaram a construir e a consolidar a imagem de companhias como Volkswagen, Scania, Fiat, Cummins, Transbrasil, Mangels e Randoncorp, dentre tantas outras. Também contribuíram para dar visibilidade a nomes que marcaram época, como Henrique Meirelles, Raul Randon, Omar Fontana e Max Mangels.
Conversar com Ênio Campói é revisitar um tempo em que a informação circulava com o peso do papel e o valor da relação pessoal. Ele fala com a serenidade de quem testemunhou a comunicação empresarial nascer, amadurecer e se reinventar — sem nunca perder o fio da credibilidade, da ética e da boa história.
Para mim, particularmente, esta entrevista teve um significado especial: foi Ênio quem me abriu as portas para o jornalismo há 42 anos. Desde então guardo dele não apenas o exemplo profissional mas a generosidade de um verdadeiro mestre. Ele foi, e continua sendo, meu mentor.
Por isso, resolvi batizar esta entrevista, com toda justiça, de “ao mestre, com carinho.”
E vale dizer: esta entrevista foi uma verdadeira aula sobre comunicação — daquelas que não se aprendem em manuais mas na escuta atenta de quem construiu uma vida inteira fazendo as palavras trabalharem a favor das boas histórias.