AutoData - Integração é caminho óbvio, acredita Sindipeças
Seminário AutoData
23/04/2018

Integração é caminho óbvio, acredita Sindipeças

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Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças, entidade que representa a indústria de autopeças nacional, acredita que a integração do setor automotivo no Mercosul deve ocorrer antes que chegue o instante da maior competitividade, de acordo com sua palestra no Seminário AutoData Tendências de Negócios as Novas Oportunidades do Mercosul, realizado na segunda-feira, 23.

 

“As duas coisas terão que acontecer ao mesmo tempo, pois no passado o setor tentou buscar mais competitividade para depois pensar na integração e isso não aconteceu. Apostamos na capacidade de melhorar nossa competitividade durante a integração.”

 

Na busca pela integração do setor desde 1994 o presidente do Sindipeças observou alguns fatores que dificultam essa negociação, como juros altos, insegurança tributária e jurídica, a logística e a burocracia em todas as áreas de negócios no Brasil.

 

Com o acordo de livre comércio com a União Europeia a integração deve ganhar força mas, mesmo assim, não deve sair antes que o acordo político com UE esteja assinado: “Teremos que explicar para os representantes da União Europeia toda essa questão que envolve o setor automotivo e o Mercosul. Acredito que assinaremos nesse semestre o acordo com a União Europeía e, até o fim de 2019, conseguiremos concluir a integração do setor automotivo no Mercosul, pois é um dos principais setores com interesse no acordo de livre comércio”.

 

O presidente também acredita na harmonização das regras do setor automotivo brasileiro e argentino: “Isso tem que acontecer o quanto antes, pois existem processos que podem ser unificados e que elevarão o nível das duas indústrias”.

 

Mercado brasileiro

 Dan Ioschpe também notou a recuperação do setor de autopeças no Brasil, que registra números de crescimento desde o segundo trimestre do ano passado — “A alta foi puxada por dois fatores: aumento nas exportações e, consequentemente, nas exportações, e a recuperação do mercado interno. Com isso a capacidade ociosa das autopeças vem caindo cada vez mais”.

 

Para este ano o Sindipeças projeta crescimento de 13% na produção e considera que a expectativa é conservadora, com possibilidade de revisão nos próximos meses, dependendo de como o mercado se comportar.

 

Com relação à economia sua projeção é de alta de 3% para o PIB.

 

Foto: Christian Castanho.