São Paulo – A WEG fará sua estreia no Salão do Automóvel de São Paulo, realizado de 22 a 30 de novembro, com dois lançamentos dedicados à infraestrutura de recarga. Um deles é um inédito carregador HTC, high power charging, com carregamento de 640 kW, de alta potência, que comporta quatro veículos simultaneamente.
No início do ano que vem, quando houver maior demanda estabelecida, a empresa apresentará equipamento ainda mais potente, de 1 MW. De acordo com Carlos Grillo, seu diretor superintendente de digital e sistemas, “o Brasil parece, até o momento, não precisar de tanta potência, até pela dificuldade da infraestrutura de energia”.
A outra novidade apresentada em seu estande será o Wemob Station V2X, tecnologia que ainda não tem regulação por aqui, mas que reúne em um só equipamento a gestão de toda a inteligência da energia utilizada em uma residência, incluindo a do veículo a bateria.
“Ela é o centro da inteligência da energia na casa de quem tem veículo elétrico, capaz de conectar dois tipos de energia, de corrente contínua e alternada. Permite, por exemplo, que o proprietário ligue o veículo, carregue-o na contínua e descarregue-o na alternada, e conecta este movimento com a demanda da residência.”
Grillo exemplificou que a tecnologia pode, por exemplo, converter a energia gerada por painel solar em corrente alternada. Pode também armazenar toda a eletricidade produzida em horários de menor demanda, no meio do dia ou de madrugada, e usá-las nos períodos de maior demanda – e, consequentemente, preço – como à noite.
O CEO da WEG, Alberto Kuba, reforçou que se não houver uma bateria instalada em casa é possível usar o carro elétrico como bateria: “O sistema programa para fornecer energia quando ela estiver mais barata. Trata-se de algo totalmente pioneiro”.
Sem estimar possível economia Kuba citou que, dependendo do regime da tarifa, existe a possibilidade de se pagar até cinco vezes mais no acesso à eletricidade.
O desenvolvimento das novas tecnologias envolveu equipe de 150 engenheiros e demorou em torno de um ano para ser apresentado ao mercado.
Investimento varia de 3% a 5% do faturamento
Os executivos evitaram dar números específicos pelo fato de a WEG ser uma empresa de capital aberto, mas Kuba afirmou que o faturamento de 2024, de R$ 38 bilhões, deverá crescer 5,2%, para R$ 40 bilhões, em 2025.
Grillo disse que os investimentos em novos equipamentos giram em torno de 3% a 5% do faturamento da empresa, o que este ano deverá alcançar até R$ 2 bilhões.
São Paulo – A Honda confirmou o lançamento da nova geração do Prelude no segundo semestre de 2026. O esportivo icônico, que fez muito sucesso na década de 1990, é uma das atrações do Salão do Automóvel, que abrirá as portas para o público de 22 a 30 de novembro, no Distrito Anhembi, em São Paulo.
Seu preço final será revelado apenas no lançamento. O motor é equipado com sistema híbrido e:HEV que gera 203 cv de potência, acoplado a transmissão automática do tipo CVT. A tecnologia híbrida que equipa o Prelude é uma evolução da que é usada no Civic e no Accord atuais.
A Honda também mostrará aos visitantes do Salão o CR-V, o HR-V e o recém lançado WR-V, que já é um sucesso de vendas, de acordo com o diretor comercial Marcelo Langrafe:
“A nossa expectativa era vender 1 mil carros durante 26 dias de pré-venda, mas fizemos este volume em cinco dias. No total vendemos 2 mil 371 unidades e, por isto, elevaremos o ritmo produtivo da fábrica de Itirapina a partir de dezembro para atender aos clientes e evitar que grandes filas de espera se formem”.
De janeiro a outubro a Honda vendeu 83,6 mil carros, crescimento de 14% sobre iguais meses do ano passado e, segundo o diretor, esta expansão porcentual deverá ser mantida até dezembro. Para o ano que vem a expectativa é de crescer acima do mercado mais uma vez, com forte impulso do WR-V, que tem potencial para ser o Honda mais vendido no Brasil, mas as projeções ainda não foram fechadas.
Para acompanhar o crescimento das suas vendas no País a Honda está expandindo sua rede e abrirá dezessete novas lojas até o fim de 2026, chegando a 229 pontos de vendas.
São Paulo – A Toyota abriu a pré-venda do seu novo SUV compacto Yaris Cross nesta quarta-feira, 19, durante apresentação à imprensa às vésperas da abertura do Salão do Automóvel de São Paulo, realizado de 21 a 30 de novembro no Distrito Anhembi. Com esta ação a empresa busca compensar o atraso de seu mais importante e guardado lançamento desde 2021, quando lançou o Corolla Cross. Mas o novo carro só começa a ser produzido e entregue aos primeiros clientes a partir de fevereiro de 2026, com motorização importada.
“É um passo importante em nossa história de quase 70 anos no País”, destacou Evandro Maggio, presidente da Toyota do Brasil, em referência ao fato de o Yaris Cross ser o primeiro SUV compacto do País que tem versões equipadas com sistema híbrido flex completo, em que o motor elétrico ajuda a tracionar o veículo.
“Será a porta de entrada para os clientes que procuram um Toyota híbrido”, Maggio lembrou. “Esta tecnologia foi desenvolvida no Brasil e vem evoluindo, já vendemos mais de 100 mil unidades do Corolla sedã e do SUV Corolla Cross com este sistema.”
O lançamento do Yaris Cross é o primeiro da nova safra de produtos da Toyota para o Brasil, incluídos no plano de investimento de R$ 11,5 bilhões no período 2024-2030, que também prevê outro veículo inédito – uma picape média-compacta – e dobrar a capacidade da fábrica de Sorocaba, SP, com obras que serão entregues no ano que vem.
Motor importado sob encomenda
O Yaris Cross já deveria estar à venda desde outubro mas o plano foi interrompido pelo temporal que destruiu a fábrica de motores de Porto Feliz, SP, em 22 de setembro, o que paralisou por completo durante quarenta dias a produção da Toyota no Brasil.
A montagem das versões híbridas do Corolla Cross em Sorocaba foi retomada no início de novembro com powertrain completos importados da matriz, no Japão, mas no caso do Yaris isto ainda não foi possível porque seu motor 1.5 flex tem configurações exclusivas e cabeçote diferente, foi desenvolvido especificamente para o veículo a ser produzido aqui.
Segundo Maggio o estrago em Porto Feliz foi grande e a fábrica segue paralisada, sem previsão de retomada da operação: “Talvez consigamos voltar a fazer somente a montagem dos motores em uma área que foi menos afetada, mais para o fim do primeiro trimestre de 2026”.
Por isto a solução encontrada para lançar o novo SUV foi importar seu motor do Japão, explica Maggio: “Como é um motor diferente, que não temos igual lá fora, neste início de produção Yaris Cross ele será produzido exclusivamente para nós no Brasil”.
Pré-venda com pacote
Devido às limitações de produção a Toyota destinou à pré-venda um lote inicial de 8,5 mil unidades do Yaris Cross, que só serão entregues aos primeiros clientes daqui a três a quatro meses, em fevereiro e março. O comprador deve dar um sinal de R$ 20 mil para garantir os preços e um pacote de benefícios do lançamento.
O Yaris Cross tem quatro versões: duas, a XRE e XRX, custam no lançamento respectivamente R$ 161,4 mil e R$ 179 mil, equipadas com motor a combustão 1.5 aspirado de 122 cv e 15,3 kgfm de torque. As outras duas opções são o XRE Hybrid e XRX Hybrid, por R$ 172,4 mil e R$ 190 mil, com o motor 1.5 em ciclo Atkinson, que prioriza eficiência em lugar da potência, que em combinação com a motorização elétrica gera modestos 111 cv e torque de 12,3 kgfm. Todas as versões usam câmbio automático tipo CVT.
No pacote de lançamento está incluído R$ 500 de acessórios e franquia zerada para os clientes que contratarem o seguro pelo Banco Toyota. O carro tem dez anos de garantia e preço fixo das seis primeiras revisões anuais por R$ 549 cada uma, que segundo a Toyota é o menor valor praticado no mercado para esta categoria de veículo.
Preços e expectativa no alto
A estratégia de preços adotada para o Yaris Cross, mais caro do que concorrentes com potência e tamanho maiores – caso do recém-lançado Honda WR-V por R$ 145 mil a R$ 150 mil, para ficar em outra marca japonesa que costuma cobrar caro por seus produtos – mostra a robusta confiança da Toyota na reputação de sua própria marca.
“Avaliamos que os preços estão em linha com a qualidade de nosso produtos e com os benefícios que oferecemos para além do carro”, assinala José Ricardo Gomes, diretor comercial da Toyota. “Focamos muito em oferecer um pacote completo de sistemas de segurança e no custo de propriedade, pois de nada adianta ter um carro bonito mas caro de manter ou sem peças na hora da manutenção.”
A expectativa é produzir cerca de 65 mil unidades do novo SUV compacto neste primeiro ano, 50 mil para o mercado brasileiro e o restante, equivalente a cerca de 20% da produção, destinado à exportação para Argentina, Uruguai e Equador – mas o plano é estender as vendas para os mesmos 21 países que já compram o Corolla Cross produzido em Sorocaba.
Gomes projeta que a vantagem de economia de combustível é determinante para fazer das versões híbridas do Yaris Cross as mais vendidas, representando de 40% a 50% dos negócios. Assim ele será o eletrificado mais vendido da marca, pois a participação do sedã Corolla híbrido é de apenas 15% no total das compras do modelo e no caso do Corolla Cross chega a 30%.
Ao lançar um modelo no segmento que mais cresce no mercado brasileiro – as vendas de B-SUVs compactos hoje chegam a 25% das vendas de veículos no Brasil – o plano da Toyota é oferecer uma linha completa de SUVs para ampliar seu alcance de mercado. Ao lado do Yaris Cross, com porte e preços ascendentes, estão o Corolla Cross e os importados RAV4 e SW4.
O diretor comercial justificou a estratégia: “Com um portfólio completo de SUVs agora oferecemos um modelo compacto para clientes fiéis que não tinham esta opção na Toyota e também reconquistar aqueles que deixaram a marca pela falta deste veículo em nossa linha de produtos, além de atrair também clientes da concorrência”.
O Yaris Cross
Segundo a engenharia de produto da Toyota o Yaris Cross foi projetado com base nos pontos que atraem o cliente de um SUV, que são qualidades como visual robusto, conforto e espaço interno, e também naquilo que afasta o consumidor, como consumo elevado, porta-malas pequeno e pouco espaço interno.
Neste sentido o Yaris Cross é praticamente um versão reduzida – e não muito – do Corolla Cross, com visual muito parecido e medidas bem próximas. O SUV menor tem 4m31 de comprimento [15 cm mais curto], 1m77 de largura [5 cm mais estreito], 1m65 de altura [3,5 cm mais alto] e 2m62 de entre-eixos [só 2 cm de diferença a menor].
O porta-malas das versões híbridas tem 391 litros, porque precisam abrigar a bateria de lítio que alimentam os motores elétricos e tem um pouco menos de espaço do que os 400 litros das versões só com motor a combustão.
O acabamento interno é simples, não tem nenhuma grande sofisticação, mas alguns caprichos, como apliques de revestimento macio na portas e painel, que amenizam a dureza do material plástico, saídas de ar-condicionado para os passageiros de trás, duas tomadas USB-C e carregador do smartphone por indução.
O quadro de instrumentos é digital, com tela de 7 polegadas, e a tela da central multimídia tem 10 polegadas, abrigando o sistema Toyota Play 2.0, com navegação e conexão sem fio com smartphone via Apple Car Play ou Android Auto. É possível contratar programa Toyota Serviços Conectados, gratuito no primeiro ano para as versões de topo XRX, que permite ao proprietário acessar em um aplicativo no smartphone informações como status do veículo, histórico de viagens, lembretes de revisão, indicadores de consumo e diagnóstico de falhas, além de wi-fi embarcado para conectar até dez dispositivos.
Com preços mais altos a Toyota equipou o Yaris Cross com pacote de sistemas de segurança e infoentretenimento bastante completo, valor agregado que na visão de alguns clientes pode compensar o custo mais elevado de aquisição.
O sistema de propulsão híbrido, que poderá ser nacionalizado no futuro a depender da demanda, é o grande diferencial de economia do Yaris Cross. Segundo medição do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro as médias de consumo do SUV eletrificado com gasolina E30 é de até 17,9 km/l na cidade e 15,3 km/l na estrada, e com etanol a média baixa para 13,2 km/l e 10,7 km/l. De acordo com a Toyota estes índices fazem do Yaris Cross o SUV compacto mais econômico do País.
Na versão equipada só com o motor 1.5 flex o consumo medido com gasolina E30 é de 12,6 km/l na cidade e de 14,3 km/l na estrada e baixa para 8,8 km/l e 10,2 km/l com etanol E100. São índices alinhados com a concorrência.
Versões, preços e equipamentos
>> XRE– R$ 161 mil 390
Principais itens de série: • Seis airbags (dois frontais, dois laterais e dois de cortina) • Pacote Toyota Safety Sense com controle de cruzeiro adaptativo ACC, sistema de alerta de mudança de faixa LKA com assistente de permanência de faixa, sistema de pré-colisão frontal com câmara e radar para frenagem automática de emergência, farol alto automático • Freio de estacionamento eletrônico com função Hold • Sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis • Freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem EBD • Controle eletrônico de estabilidade e de tração • Assistente de partida em rampa HAC.• Faróis de LED • Rodas de liga leve diamantadas de 17” • Sistema Smart Entry com chave presencial • Ar-condicionado digital automático • Central multimídia Toyota Play 2.0 com tela de 10” e espelhamento sem fio para Apple CarPlay e Android Auto • Carregador de celular por indução • Quadro de instrumentos digital com tela TFT de 7” • Câmara de ré e sensor de estacionamento traseiro.
>> XRE Hybrid – R$ 172 mil 390
O mesmo pacote do XRE.
>> XRX – R$ 178 mil 990
Principais itens de série: igual à versão XRE e acrescenta • Rodas de liga leve diamantadas de 18” • Iluminação ambiente na cabine • Monitor de ponto cego • Sistema de visão panorâmica 360° • Sensor de estacionamento dianteiro • Porta do porta-malas com acionamento elétrico e sensor de movimento • Toyota Serviços Conectados • Teto solar panorâmico.
São Paulo — A GWM usará o Salão do Automóvel para apresentar todas as novidades do Haval H6 2026 para o grande público. O evento pode pavimentar seu plano de crescimento para o ano que vem, quando a expectativa é negociar 58 mil unidades no Pais, alta de 38% sobre o desempenho esperado de 42 mil em 2025.
Claro, todo o portfólio estará em exposição em seu estande no Distrito Anhembi e também deve contribuir para o momento da autotech com origem na China, de acordo com Diego Fernandes, COO no Brasil. Ele contou que os dois recentes lançamentos que estão sendo montados na fábrica da GWM em Iracemápolis, SP, também terão participação importante nos planos para 2026.
Este ano, ainda importados da China, a picape Poer P30 tem fila de espera de mais de setenta dias e o estoque do SUV de sete lugares Haval H9 se esgotou em sete horas após seu lançamento: “Este ano esperamos vender mais de 42 mil unidades”.
Produção nacional
A montagem de veículos no Interior de São Paulo segue aumentando seu ritmo para começar 2026 numa velocidade capaz de atender à demanda. O líder da produção no País, Márcio Alfonso, disse que neste exato momento deu-se início ao segundo turno de produção, com 1 mil colaboradores operando em Iracemápolis.
As linhas do novo Haval H6, do H9 e da Poer P30 trabalham ao ritmo de quarenta unidades/dia. Até dezembro esta velocidade será maior e a expectativa é chegar a oitenta veículos/dia: “Planejamos gradualmente substituir estes modelos que atualmente são importados da China”.
Para chegar à capacidade máxima de 50 mil unidades da fábrica haverá a criação do terceiro turno, esperado para o primeiro trimestre de 2026. Neste momento a GWM terá 1,3 mil colaboradores em sua operação de montagem nacional.
São Paulo – As marcas gêmeas Omoda Jaecoo, que pertencem ao Grupo Chery, com origem na China, entram em 2026 com portfólio dobrado de SUVs eletrificados, com ambição de vender em gorno de 50 mil veículos no ano, ou cinco vezes mais do que as 10 mil unidades que devem ser vendidas nos seis meses de operação este ano. Para tanto o número de concessionárias, que já soma setenta, chegará a cem, segundo Hu Peng, diretor da empresa no País.
No Salão do Automóvel de São Paulo, de 22 a 30 de novembro no Anhembi, estão sendo apresentados os SUVs Jaecoo 5 e 8, que em 2026 se juntam aos já lançados Jaecoo 7 e os Omoda 5 e 7. O plano é apostar no sistema EREV, de propulsão 100% elétrica com autonomia estendida por um motor a combustão que funciona somente como gerador de energia para as baterias. A tecnologia, nomeada SHS pela O&J, estará disponível em toda a linha da fabricante.
Jaecoo 8
Com o sistema o Jaecoo 7, novo topo de gama da linha de produtos da empresa no Brasil, roda até 1,6 mil quilômetros com um tanque de gasolina, com eficiente combinação de economia e potência, que chega a 500 cv. O SUV de grande porte terá versões de sete lugares e a mais luxuosa terá seis, sobrando espaço para aumentar o conforto a bordo.
Jaecoo 5
Já o Jaecoo 5 é um SUV compacto de proporções maiores do que a maioria dos concorrentes nesta categoria: tem 4m38 de comprimento. A potência da motorização é de 200 cv. O interior é iluminado por um amplo teto solar panorâmico de 1 m2 45.
Ambos os modelos são equipados com sistemas de assistência ao motorista, os ADAS, com funcionalidades de direção autônoma.
Apesar de ter divulgado a intenção de produção nacional a Omoda Jaecoo ainda não explicitou planos concretos neste sentido.
São Paulo – Um dos dois Geely produzidos sobre a plataforma GEA na fábrica de São José dos Pinhais, PR, será o EX5 EM-i, na configuração híbrida plug-in. Ele chega ainda no primeiro semestre ao mercado brasileiro, importado, mas logo entra nas linhas paranaenses e passa a ser gradualmente nacionalizado.
O SUV é uma das atrações da Geely no Salão do Automóvel de São Paulo, que abre as portas ao público no sábado, 22, no Distrito Anhembi. Será o primeiro híbrido da empresa no mercado local: os outros dois do portfólio atual são a versão 100% elétrica do EX5 e o mais recente lançamento, o EX2, também a bateria. Ambos estão no Salão.
Segundo Alex Chen, diretor comercial da Geely do Brasil, em dez dias foram comercializadas 1 mil unidades do EX2, nas 22 concessionárias. Ele anunciou também a ampliação da rede, para quarenta pontos de venda.
São Paulo – O SUV híbrido Koleos chegará ao mercado brasileiro em algum momento do primeiro semestre do ano que vem. Ele é uma das atrações da Renault no Salão do Automóvel de São Paulo, que abre as portas ao público no sábado, 22.
O Koleos é um dos modelos que integram o International Game Plan, que prevê 3 bilhões de euros de investimento e lançamento de oito modelos fora da Europa, para elevar a participação da Renault em outros mercados. É fabricado na Coreia do Sul, em parceria com a Geely, e chegará por aqui em sua versão híbrida.
Outros dois modelos deste plano de negócios são produzidos no Brasil, em São José dos Pinhais, PR, também atrações no Salão do Automóvel: os SUVs Kardian e Boreal. Mais um, que terá produção na Argentina, aparece ainda como conceito: a picape Niágara. Esta chega ao mercado no segundo semestre.
O único do modelo do International Game Plan que, ao menos por ora, não chega ao Brasil é a nova geração do Duster, fabricada na Turquia.
São Paulo – A General Motors orientou a seus fornecedores que eliminem o uso de peças de suas cadeias de suprimentos provenientes da China, o que reflete a frustração crescente com as interrupções de fornecimento causadas por problemas geopolíticos. A informação é de pessoas familiarizadas com o assunto, segundo reportagem da Agência Reuters.
De acordo com estas fontes, que pediram sigilo, executivos da GM têm orientado seus fornecedores a buscarem alternativas à China para o suprimento de insumos com o objetivo de transferir suas cadeias para fora do país. A montadora deu prazo até 2027 para que as empresas encerrem suas relações comerciais com fabricantes chinesas.
As tensões políticas dos Estados Unidos com a China e o tarifaço imposto pelo presidente estadunidense Donald Trump têm levado as montadoras a repensarem seus laços, principalmente no que diz respeito a peças usadas em veículos fabricados na América do Norte, de onde sai a maior parte dos veículos globalmente.
De acordo com a reportagem a montadora prefere obter peças de fábricas estadunidenses para veículos fabricados na região, mas está aberta a cadeias de suprimentos fora do país e da China. Em uma conferência em outubro Shilpan Amin, chefe global de compras da GM, afirmou que o risco de interrupções no fornecimento obrigou a montadora a deixar de lado a estratégia de simplesmente recorrer aos países de menor custo:
“A resiliência é importante. Garante que você tenha mais controle sobre sua cadeia de suprimentos e saiba exatamente o que está chegando e para onde”.
Para fornecedores de peças, no entanto, redirecionar as cadeias de suprimentos para fora da China pode ser caro e complexo. A China tornou-se tão dominante em algumas áreas como iluminação, eletrônicos e fabricantes de ferramentas e matrizes que forjam componentes personalizados, que é difícil encontrar alternativas, disseram executivos de fornecedores.
“É um esforço enorme. Os fornecedores estão se desdobrando”, disse um executivo de uma grande fabricante de autopeças, sobre a iniciativa da GM. É consenso dos fornecedores que esta mudança não acontecerá tão rapidamente, uma vez que demoraram vinte ou trinta anos para se estabelecerem por lá.
São José dos Pinhais, PR – Ao introduzir a plataforma GEA na fábrica que agora divide com a Renault no Paraná a Geely deverá acelerar seus planos no mercado brasileiro. No primeiro semestre do ano que vem começarão a sair dois modelos – parte do projeto deverá ser revelado no Salão do Automóvel – e a ideia de Victor Yang, vice-presidente sênior da holding, é de ter um lançamento por ano. Todos made in Brazil.
“Estamos aqui para ser protagonistas. Vamos desenvolver modelos para o público brasileiro, buscar fornecedores, atrair empresas que são nossas parceiras na China para cá. Nosso objetivo é gerar emprego e riqueza no Brasil”, afirmou durante o anúncio de investimento de R$ 3,8 bilhões, ao lado do ministro do MDIC e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior.
O aporte é conjunto com a Renault, de quem hoje é sócia e detém 26,4% da Renault Geely do Brasil. Com a parceria passou a poder fazer uso da fábrica de São José dos Pinhais, onde terá sua plataforma GEA, e conta com o suporte da empresa que está há mais de 25 anos no País para a operação comercial.
Yang disse que talvez a Geely não seja a marca mais vendida por aqui, mas pretende figurar no Top 5, e “quem sabe no Top 3”. Os dois modelos, afirmou, serão adaptados para o gosto do consumidor local e serão eletrificados – não está nos planos competir por aqui com veículos a combustão, ressaltou.
O flex pode ser alternativa, embora nada tenha sido confirmado. A Renault está desenvolvendo a tecnologia híbrida flex por aqui e pode ser a parceria que a Geely precisa para usar o etanol junto com a eletrificação.
São Paulo – O Foton eWonder, caminhão elétrico leve para distribuição urbana, que será lançado no Brasil em breve, teve dez unidades comercializadas durante sua pré-venda para a empresa Evolution Mobility, que presta serviços para a Petlove, petshop online e físico.
A Evolution Mobility testou o Foton eWonder por 21 dias e chegou à conclusão de que o veículo atende às suas necessidades operacionais sem emitir poluentes, e optou por comprar todas as unidades testadas.
Os pormenores do veículo serão divulgados no lançamento, mas a sua bateria demora 6 horas para carregar em um eletroposto lento e 1 hora em uma estação rápida de recarga.