Mercedes-Benz produz seu último caminhão na fábrica de Virrey del Pino

São Paulo – A Mercedes-Benz produziu o último caminhão na sua fábrica instalada em Virrey del Pino, unidade que operou nos últimos 74 anos na Argentina. A operação da empresa foi transferida para a unidade de Zárate, que iniciará os processos produtivos nos primeiros meses de 2026.

A unidade de Zárate é fruto de investimento de US$ 110 milhões e já funciona como centro logístico da Mercedes-Benz no país, graças à sua localização mais próxima dos portos e das principais estradas, mais um motivo para a decisão de transferir a produção. 

A produção em Zárate começará pelos caminhões Accelo e Atego, pelos chassis de ônibus OH e OF e pela linha de peças de reposição Reman.

A unidade de Virrey del Pino seguirá em operação sob controle da Prestige Auto, nova representante da Mercedes-Benz Cars e Vans na Argentina, que será responsável pela produção da Sprinter.

Mercado argentino recua pelo segundo mês seguido

São Paulo – O mercado argentino registrou o segundo mês seguido de queda em novembro, o que já era esperado pelas empresas fabricantes de veículos: os dois últimos meses do ano costumam ter vendas menores, uma vez que os argentinos costumam aguardar para comprar veículos novos em janeiro. Mas a retração também tem relação com a recessão em alguns setores da economia argentina e com as turbulências políticas e econômicas que afetaram o país nos últimos meses.

Estes fatores também podem ter motivado a antecipação de compra de alguns clientes, de acordo com a Acara. 

Em novembro foram vendidos 34,9 mil veículos, recuo de 3,6% na comparação com igual mês do ano passado e de 33,2% com relação a outubro, de acordo com dados divulgados pela Acara.

No acumulado do ano foram emplacados 587,7 mil veículos, crescimento de 49,7% sobre iguais meses do ano passado. A participação dos veículos brasileiros no total vendido foi de 49% contra 36% em idêntico período de 2024, enquanto a dos modelos argentinos caiu de 56% no ano passado para 40% em 2025.

Com este resultado conquistado até novembro o fechamento do ano deverá ficar em torno das 600 mil unidades, segundo as expectativas da Acara. 

No acumulado do ano a Volkswagen passou a Toyota e assumiu a primeira posição no ranking das marcas mais vendidas, graças ao bom desempenho do Tera no mercado local, chegando a 93,7 mil vendas, contra 90,9 mil da Toyota. Em terceiro lugar ficou a Fiat com 72,5 mil emplacamentos.

No ranking por modelo até novembro o Toyota Yaris segue na primeira posição com 29,5 mil unidades comercializadas, seguido de perto pelo Fiat Cronos com 29,1 mil. A terceira posição ficou com a Toyota Hilux, 29 mil.

Daniela Sena é a nova gerente de Gente e Desenvolvimento do Grupo Disal

São Paulo – Daniela Sena é a nova gerente da área de Gente e Desenvolvimento do Grupo Disal, empresa que opera nas áreas de consórcio, tecnologia e seguros. A contratação foi motivada pela ampliação do portfólio de produtos, com a inclusão do consórcio imobiliário, além de veículos leves.

Com quinze anos de experiência em recursos humanos Sena passou por empresas como Shipmasters International Freight e Associação Obra do Berço, em que liderou projetos de desenvolvimento de áreas de RH, estabelecimento de políticas e processos, além de iniciativas de comunicação interna e engajamento corporativo.

Formada em administração de empresas e pós-graduada em gestão estratégica de pessoas pela Universidade Mackenzie, tem MBA em recursos humanos e certificação em parceiro de negócios pela FEA USP. 

Aldo Costa assume a diretoria comercial da Renault

São Paulo – Desde 2023 à frente do marketing da Renault Aldo Costa agora passa a responder também pelas áreas de vendas e pós-vendas. O novo diretor comercial também passa a integrar o comitê de direção da Renault Geely do Brasil, reportando diretamente ao presidente e diretor geral Ariel Montenegro.

Paranaense de 43 anos, formado em comunicação social pela Universidade Positivo com pós-graduação em marketing pela PUC PR, Costa iniciou sua carreira na Renault em 2003 como estagiário e, desde então, ocupou diferentes posições na área comercial com foco em vendas, pós-vendas, planejamento e distribuição.

De 2017 a 2019 o executivo liderou o projeto de veículos autônomos para o Grupo Renault em Paris, França, sendo o responsável pela adoção de tecnologias como ADAS.

Em 2019 ele assumiu o planejamento de vendas e desempenho da Renault na América Latina e, enquanto responsável pelo marketing, desde 2023, esteve por trás do novo posicionamento da marca no País, que inclui campanha Viva a Nova Renault, com destaque ao novo line-up formado por Kardian, Boreal e, em breve, o Koleos.

Salão do Automóvel recebe público abaixo do esperado pela organização

São Paulo – Passaram pelo Distrito Anhembi ao longo dos dez dias do Salão do Automóvel 516 mil pessoas, de acordo com a RX, organizadora do evento que retornou após sete anos. Embora tenha ficado abaixo da expectativa da organização, que esperava 700 mil pessoas, uma nova edição do Salão foi confirmada para daqui a dois anos.

Para Igor Calvet, presidente da Anfavea, “o retorno do Salão é um sucesso absoluto. Como milhares de brasileiros estou, desde já, ansioso e em contagem regressiva para a próxima edição”.

Mayra Nardy, diretora de portfólio da RX, ressaltou a interatividade do público nesta edição que trouxe algo além da exposição de carros na forma de test drives. Segundo a organizadora foram mais de 10 mil testes realizados, sem qualquer intercorrência.

A próxima edição foi confirmada para 30 de outubro a 7 de novembro de 2027, com a presença de Caoa Changan, Caoa Chery, GAC, Hyundai, Kia, Omoda Jaecoo, Renault, Toyota, Suzuki Motos e as marcas da Stellantis.

Automob registra aumento de 11% nas vendas de suas concessionárias

São Paulo – Em sua primeira reunião com investidores a Automob, grupo de concessionárias integrante da Simpar que estreou no Novo Mercado da B3 em dezembro, apresentou seus resultados até setembro e divulgou projeção arrojada de crescimento para 2027: ampliar em quase 30% a receita líquida.

Para tanto Sebastian Los, CEO e diretor de relações com investidores da Automob, baseia-se nos números obtidos até o momento. Considerando apenas os veículos leves, responsáveis por 46% do faturamento do grupo, o volume comercializado por concessionária cresceu 11% no acumulado de nove meses. De janeiro a setembro de 2024 as vendas por loja somaram 48 unidades, sendo 31 0 KM e dezessete seminovos, e no mesmo período deste ano foram 53 unidades, acréscimo de 11%, sendo 32 novos, avanço de 4%, e 21 seminovos, 23% mais no comparativo anual.

O grupo mantém 197 concessionárias espalhadas pelo País, de 38 marcas. Considerando apenas as de automóveis e comerciais leves são 137 lojas que representam 31 montadoras.

“Não temos apenas aumento no número de pontos de venda mas a melhora do resultado das concessionárias do grupo, o que permite também o incremento de serviços e pós-vendas e aumenta tanto o capital de giro quanto nossa rentabilidade.”

O resultado é que, enquanto o mercado de leves novos apresenta alta de 4% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período em 2024, a Automob expandiu 14%, com 14,2 mil unidades.

Até o momento o market share do grupo é de 2,6% neste segmento – considerando estimativa potencial de 2,5 milhões de emplacamentos em 2025. No ano passado a participação foi de 2,5%. De 2020 para cá cresceu onze vezes, pois à época a fatia era 0,2%.

De acordo com Los ainda há muito espaço para crescer: “Estamos convencidos de que temos, além do contexto externo, que eventualmente poderia acelerar o atingimento das nossas projeções, muito trabalho interno. Um porcentual de nossas lojas converte mais de um carro usado em um novo.”

Projeção é ampliar faturamento em quase 30% até 2027

Nos doze meses encerrados em setembro a venda de 163 mil veículos leves e pesados da Automob resultou no faturamento acumulado de R$ 12,6 bilhões que, conforme projeção do CEO, deverá chegar a R$ 16,3 bilhões em 2027, expansão de 29%.

Para o EBITDA ajustado, hoje em R$ 536 milhões, a projeção é de que a métrica financeira que representa a lucratividade operacional desta, que é a primeira empresa do setor listada em bolsa, alcance R$ 980 milhões, ou seja, um acréscimo de 82,8%.

Receita cresceu vinte vezes em cinco anos

“A diversificação nos garante resiliência dentro de nosso negócio. Crescemos vinte vezes nos últimos cinco anos”, afirmou Los. O grupo representa tanto entrantes chinesas quanto montadoras tradicionais, do mercado brasileiro de veículos leves e pesados.

A receita líquida de R$ 600 milhões em 2020 passou a R$ 700 milhões no ano seguinte. E, em 2022, multiplicou-se quatro vezes e meia, para R$ 3,2 bilhões. Em 2023 triplicou a cifra, para R$ 9,5 bilhões. Encerrou o ano passado em R$ 12 bilhões após incremento de 27% e, até o terceiro trimestre deste ano, soma R$ 12,6 bilhões.

Há cinco meses no cargo o executivo ressaltou que, embora aquisições de marcas tenham sido escolhas estratégicas para a expansão, metade da receita líquida refere-se ao crescimento orgânico.

Desde 2023 foram investidos R$ 540 milhões

Nos últimos dois anos a Automob realizou investimento de R$ 540 milhões em sua infraestrutura, a fim de promover expansão, melhorias e padronização. O CEO apontou que 85% delas passaram por aberturas, reformas, retrofits ou mudanças de ponto: 

“Estamos em construção. Mas, após este aporte, nossa intenção de Capex para o futuro será inferior, uma vez não teremos necessidade de investir este valor novamente”.

Avanço dos importados derruba venda de pneus nacionais

São Paulo – As vendas de pneus nacionais, de janeiro a outubro, somaram 32,5 milhões de unidades, volume 3,2% menor do que o registrado em igual período do ano passado, de acordo com dados divulgados pela Anip, entidade que representa a indústria nacional de pneus. Segundo a entidade o recuo no ano foi causado pela menor demanda do mercado de reposição:

“O retrato do ano é muito ruim para a indústria”, disse o presidente da Anip, Rodrigo Navarro. “Especialmente pelo acirramento da concorrência com pneus importados, que seguem entrando no País a preços muitas vezes inferiores ao custo de produção”.

A Anip propõe, há tempos, que o Brasil tome medidas como as adotadas por Europa, Estados Unidos e México, que estão exigindo condições isonômicas de competição, seja por parte dos fabricantes nacionais ou dos importadores. As medidas envolvem questões que vão além dos preços, como o cumprimento de normas ambientais e de conformidade técnica.

Do total vendido de janeiro a outubro 11,3 milhões de pneus foram fornecidos para montadoras, com alta de 4,1% sobre iguais meses do ano passado, aumento que não foi suficiente para ajudar o mercado geral, uma vez que as entregas para o segmento de reposição somaram 21,2 milhões, recuo de 6,7% na mesma base comparativa.

Em outubro as vendas totais de pneus somaram 3,5 milhões de unidades, queda de 7,4% sobre idêntico mês do ano passado e estabilidade com relação a setembro.

Deste volume 1,2 milhão foi entregue para as montadoras, volume 13,4% menor do que o entregue em outubro do ano passado e 2,3% menor do que fornecido em setembro, enquanto que na reposição foram comercializados 2,3 milhões de pneus, retração de 4% na comparação com outubro do ano passado e alta de 15,3% sobre setembro.

Toyota, Mercedes-Benz e BYD são premiadas com o Selo Maior Valor de Revenda

São Paulo – Toyota, vencedora em três categorias, Mercedes-Benz e BYD foram as empresas grandes vencedoras do Selo Maior Valor de Revenda, organizado pela Agência AutoInforme. Agora dividido em cinco categorias o prêmio reconheceu o Toyota Corolla como o de menor desvalorização, 2,6%, na categoria Motores a Combustão, o Mercedes-Benz GLS, com 5,6%, em Híbridos Leves, o Toyota Corolla Hybrid, 3,3%, em Híbridos, o Toyota RAV4, 6,1%, em Híbridos Plug-in, e o BYD Dolphin Mini, 8,3%, em Elétricos.

A décima-segunda edição do Selo Maior Valor de Revenda analisou 161 veículos com mais de 1 mil unidades emplacadas nos últimos doze meses, em motores a combustão, trezentas unidades nos híbridos e cem unidades nos elétricos. O período foi de novembro de 2024 a outubro de 2025.

O evento, realizado no estande da Anfavea no Salão do Automóvel na noite de quinta-feira, 27, reconheceu ainda outros 31 modelos de dezesseis marcas.

Veja os vencedores:

Motores a combustão
Hatch Entrada: Fiat Mobi – 9,8%
Hatch Compacto: Honda City – 4,8%
Minivan: Chevrolet Spin – 9,9%
Picape Pequena: Fiat Strada – 5,8%
Picape Compacta: Renault Oroch – 9,8%
Picape Média: Toyota Hilux – 3,0%
Picape Grande: Ram 1500 – 10,9%
Sedã Compacto: Honda City – 5,9%
Sedã Médio: Toyota Corolla – 2,6%
SUV Entrada: Volkswagen Nivus – 3,0%
SUV Compacto: Hyundai Creta – 7,6%
SUV Médio: Toyota Corolla Cross – 4,2%
SUV Grande: Porsche Cayenne – 6,9%
SUV/Minivan 7 lugares: Toyota SW4 – 3,1%

Híbridos Leves
Sedã: Mercedes-Benz C200 – 8,8%
SUV Compacto: Caoa Chery Tiggo 5X – 8,5%
SUV Médio: Kia Sportage – 6,7%
SUV Grande: Mercedes-Benz GLS – 5,6%

Híbridos:
Sedã: Toyota Corolla Hybrid – 3.3%
SUV Compacto: Kia Niro – 7,9%
SUV Médio: Toyota Corolla Cross Hybrid – 7,1%

Híbridos Plug-in
Sedã: Porsche Panamera – 7,2%
SUV Médio: Toyota RAV4 – 6,1%
SUV Grande: BMW X6 – 6,8%

Elétricos:
Entrada: BYD Dolphin Mini – 8,3%
Hatch Compacto: Volvo EX30 – 12,5%
Esportivo: Ford Mustang Mach-E GT – 18,2%
SUV Médio: Kia EV5 -8,9%
SUV Grande: Mercedes-Benz EQE – 11,1%
SUV 7 Lugares: Mercedes-Benz EQB – 12,2%
Sedã: BMW i5 – 9,8%

Quinze marcas confirmam presença no próximo Salão do Automóvel

São Paulo – Quinze marcas expositoras no Salão do Automóvel 2025 confirmaram presença na próxima edição, agendada para 30 de outubro a 7 de novembro de 2027. Segundo divulgou a RX, organizadora do evento, Caoa Chery, Caoa Changan, Hyundai, Renault, Toyota, Kia, Omoda Jaecoo, GAC e Suzuki Motos, além da Stellantis com Fiat, Jeep, Ram, Peugeot, Citroën e Leapmotor, confirmaram à organização que estarão em 2027. Honda e HPE disseram que têm intenção.

O número tende a crescer devido à boa aceitação do evento. No primeiro fim de semana mais de 90 mil pessoas estiveram no Distrito Anhembi, onde o Salão é realizado, o que fez com que a Anfavea e a RX confirmassem uma nova edição para daqui a dois anos.

A edição, que marca o retorno do evento após intervalo de sete anos, contou com estandes menores, em tamanho padrão, mas não economizou nas novidades. Marcas que estiveram ausentes este ano, como Chevrolet, Volkswagen, Ford, Nissan e as premium Audi, BMW, Mercedes-Benz e Volvo, podem reavaliar sua posição.

GM Gravataí terá layoff em um turno a partir de janeiro

São Paulo – A General Motors adotará layoff para 650 funcionários da fábrica de Gravataí, RS, de 16 de janeiro até o fim de fevereiro. O presidente do sindicato dos metalúrgicos local, Valcir Ascari, disse ter recebido comunicado da montadora:

“Fomos informados de que a medida é para adequar as linhas de produção para um novo modelo, o Sonic, e que os direitos trabalhistas estão todos assegurados”.

A medida afeta um turno todo de produção. Desta forma, a fábrica trabalhará em dois turnos até 22 de dezembro, quando começam as férias coletivas que vão até 16 de janeiro. A partir daí será apenas um turno de produção, reduzindo o ritmo de 600 unidades/dia para algo em torno de 300/dia.

A redução no volume de produção da fábrica no começo de 2026 também deverá afetar as empresas sistemistas que estão instaladas na região para atender à GM. De acordo com Ascari os fornecedores ainda não avisaram o sindicato sobre nenhum layoff, mas o movimento é esperado para os próximos dias. 

Atualmente a fábrica da GM em Gravataí é responsável pela produção do hatch Onix e do sedã Onix Plus. A partir do ano que vem estes dois modelos dividirão as linhas de produção com o Sonic, SUV compacto que chegará para competir com modelos como Renault Kardian, Fiat Pulse e Volkswagen Tera.

Procurada pela reportagem da Agência AutoData a GM optou por não se posicionar sobre o assunto até a publicação desta reportagem.