Tecnologia GWM equipa primeiras embarcações a hidrogênio verde do mundo

São Paulo – A tecnologia da GWM Hidrogênio FTXT, braço de inovação limpa da GWM, está presente nas primeiras embarcações 100% a hidrogênio verde do mundo. A companhia fornecerá as soluções necessárias em projeto apresentado oficialmente na COP30, em Belém, PA, após prévia no São Paulo Boat Show.

A iniciativa é fruto da colaboração do Grupo Náutica com JAQ, Itaipu Parquetec e GWM. Durante a COP30 o Explorer H1, primeira embarcação produzida pela JAQ, ficará atracado em uma ilha flutuante artificial montada pelo Grupo Náutica em Belém, e funcionará como vitrine da inovação brasileira.

Neste primeiro momento toda a hotelaria do barco, incluindo a iluminação, climatização, cozinha, lavanderia e sistemas de entretenimento, será alimentada exclusivamente por hidrogênio, garantindo zero emissão de carbono durante o evento. Além da experiência imersiva a bordo o espaço contará com auditório para até cinquenta convidados, reforçando o caráter científico, educativo e institucional da ideia.

O Explorer H1 é a primeira fase do plano: já no início de 2026 a embarcação ganhará propulsão híbrida com hidrogênio e, em 2027, entrará em operação o Explorer H2, a segunda unidade do projeto, com produção própria de hidrogênio a bordo, tornando o sistema completamente autossuficiente.

Dosimetria de juro derruba mercado de veículos

O que diferencia remédio de veneno é a dosagem. Aplicando esta máxima da farmacologia à segunda maior taxa de juro real de mundo, praticada atualmente aqui no Brasil, a conclusão é que a dosimetria aplicada pelo Banco Central para remediar a inflação está envenenando as vendas de bens de maior valor agregado, como é o caso de veículos.

A dose do remédio venenoso que o BC injeta na economia para conter a inflação segue princípio ativo parecido com o de curar dor-de-cabeça por meio do corte radical do pescoço do paciente, mas com efeito bem mais lento, às custas da morte agonizante do crescimento econômico.

A escalada da medicação via Selic começou há quase um ano, em novembro de 2024, quando a dosagem da taxa foi aumentada de 10,75% para 11,25% ao ano, e seguiu subindo até junho passado quando chegou ao ápice dos atuais 15%.

E para o futuro próximo o BC, independente do governo e vassalo do mercado financeiro, já prometeu aos seus genuínos controladores manter a dose do veneno nas alturas por um bom tempo, no mínimo até os primeiros meses de 2026, apesar da queda pronunciada da inflação, garantindo a continuidade da felicidade daqueles que lucram com o crescimento da dívida pública.

Derretimento das projeções

Nesta trajetória de persistência de juros altos as projeções de vendas de veículos foram derretendo ao longo do ano. Em janeiro, quando a Selic já estava nas alturas de 12,25% ao ano e com promessa do BC de continuar escalando, a Anfavea, que reúne os fabricantes, esperando por um mercado menos comprador, estimou crescimento moderadamente otimista em 2025 de 6,6% sobre 2024, prevendo o emplacamento de 2 milhões 650 mil automóveis e comerciais leves.

Mas em agosto, diante da Selic que já estava em 15% e catapultou as taxas de financiamento de carros para a média estratosférica de 27% ao ano, a entidade se viu obrigada a revisar sua projeção para baixo, reduzindo em 1 ponto porcentual sua expectativa de crescimento, para 5,6%, o que ainda sustenta a previsão de vender quase 2,6 milhões de veículos leves este ano.

A Fenabrave, que reúne os concessionários, revisou em julho suas projeções e sustenta volume parecido de vendas e crescimento, mas promete revisar novamente os números em outubro.

O que ambas as associações admitem é que será difícil atingir os volumes de vendas projetados até o momento, pois as condições de mercado foram deterioradas pelos juros altos dos financiamentos, que não são mais capazes de diluir em suaves prestações os também altos preços dos carros, com tíquete médio que já supera os R$ 150 mil, considerando todos os modelos à venda no País.

Sinais de retração das vendas aparecem com mais força. De janeiro a agosto foram vendidos no País quase 1,6 milhão de veículos leves, uma tímida alta de 3,2% sobre o mesmo período de 2024. Em agosto o desempenho já adotou o sinal negativo: os 214,7 mil emplacamentos representaram queda de 4% sobre igual mês do ano passado e recuo de quase 7% sobre julho.

Os resultados mais recentes, portanto, apontam para desempenho pior do mercado em 2025 do que era esperado no início deste ano.

Carro Sustentável só sustenta empate

A retração das vendas em agosto ocorreu mesmo depois do lançamento do Programa Carro Sustentável, que desde 11 de julho zerou o IPI dos veículos mais baratos do mercado e barateou um pouco o custo de aquisição de 25 versões de seis modelos, hatches e sedãs pequenos de cinco fabricantes.

Segundo as contas da Anfavea as vendas destes seis modelos, em todas as versões habilitadas como carros sustentáveis, somaram quase 40 mil unidades em agosto, em crescimento de 22% sobre o mesmo mês de 2024. Já houve, portanto, uma desaceleração em relação ao avanço de 32% observado nos cerca de vinte dias de julho em que vigorou o programa, em comparação com igual intervalo do ano passado.

Mas a questão é que os quase 40 mil “carros sustentáveis” vendidos em agosto representaram 18,6% das vendas totais do mês, um volume insuficiente para impulsionar todo o mercado.

Além disso os crescimentos porcentuais vistosos das vendas dos seis modelos foram embalados pelo fraco desempenho que vêm registrando os segmentos de hatches e sedãs pequenos, nos quais se incluem os carros habilitados ao programa e isentos de IPI. Ou seja: os números cresceram muito porcentualmente porque a base de comparação era baixa.

Outro sintoma de que o carro sustentável não tem fôlego para salvar o ano é o resultado de emplacamentos na primeira quinzena de setembro: segundo a consultoria Bright a participação de mercado dos hatches – justamente os mais vendidos do Programa Carro Sustentável – caiu para 21%, abaixo dos 23,46% de agosto passado e dos 25% de setembro de 2024.

Empate com 2024

Ao que indicam os números até agora o Carro Sustentável tem poder para, no máximo, segurar a queda geral das vendas, sustentando, talvez, um empate com 2024.

Considerando o volume acumulado de oito meses, de 1,6 milhão, no último terço de 2025 será necessário vender, em cada um dos quatro meses faltantes, mais de 250 mil carros e utilitários leves para que a projeção de 2,6 milhões de unidades vendidas seja atingida.

Para se ter ideia de como está difícil alcançar este desempenho nos últimos quatro meses de 2024 só em outubro este volume de 250 mil unidades foi alcançado. É de se imaginar que este ano, com o cenário pior, dificilmente as projeções de Anfavea ou Fenabrave serão acertadas.

O cenário mais provável é de um empate técnico com 2024, com 2,5 milhões de veículos leves vendidos. Um zero-a-zero com gosto de derrota para o juro alto que envenenou o crescimento do mercado.

Mercedes-Benz anuncia expansão da linha eActros

São Paulo – A Mercedes-Benz prepara-se para apresentar o portfólio expandido da segunda geração do seu caminhão elétrico eActros em 30 de setembro. Um teaser foi divulgado como prévia dos novos integrantes da família.

Baseada no eActros 600 a oferta será ampliada modularmente para incluir gama de novas variantes, incluindo tratores e chassis de plataforma com diferentes distâncias entreeixos, modelos com dois conjuntos de baterias e versões alternativas de cabine L baseadas no design do extrapesado.

A montadora iniciou a produção seriada do eActros 600 no fim de novembro do ano passado em Wörth, Alemanha. No País o veículo foi apresentado durante a Fenatran, junto com a divulgação de que o modelo iniciaria testes em clientes locais

As entregas começaram em dezembro e o modelo já está em operação diária em estradas em mais de quinze países europeus. De acordo com a Mercedes-Benz o eActros 600 tem autonomia aproximada de 500 quilômetros sem recarga intermediária.

Toyota adia o lançamento do Yaris Cross

São Paulo – Previsto para o fim de outubro o lançamento do Yaris Cross, SUV compacto que será produzido em Sorocaba, SP, foi adiado por causa do temporal que destelhou e estragou diversos equipamentos na fábrica de Porto Feliz, SP. A Toyota enviou comunicado informando que o evento de lançamento será reprogramado e a nova data será informada posteriormente.

A unidade de Porto Feliz fornece motores para a de Sorocaba, de onde sai atualmente o Corolla Cross, o Yaris para exportação e, mais adiante, o Yaris Cross, e para a de Indaiatuba, que produz o Corolla. São montados propulsores 1.3, 1.5 e 2.0, flex e a gasolina, além de conjuntos híbridos flex.

Na tarde de segunda-feira, 22, um temporal atingiu Porto Feliz e a força dos ventos fez com que a fábrica ficasse parcialmente destelhada. A água invadiu a área de produção e avançou sobre alguns equipamentos. Segundo Manoel Neres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região, que representa os trabalhadores de Porto Feliz, alguns robôs estão aparentemente danificados.

A Toyota informou na terça-feira, 23, que está analisando o tamanho do estrago. Sua produção de veículos nas duas fábricas precisou ser paralisada, porque não há estoque de motores. Não há previsão de retomada na produção.

Mulheres ocupam 24% do quadro de funcionários da Nissan 

São Paulo – Dos cerca de 3,1 mil funcionários que a Nissan emprega no Brasil, atualmente, 24%, ou 743, são mulheres. Há um ano eram 645 ou 23,6% do total. Este índice, que começou a ser mensurado em 2021, à época era de 19%, e equivalia a 448 profissionais.

Ao longo dos últimos quatro anos a participação feminina no chão de fábrica mais do que dobrou: de 9,6% saltou para 21%. Significa dizer que dos 2,6 mil trabalhadores da linha de produção – incluídas as quatrocentas contratações recentes em virtude do início da produção do novo Kicks – 556 são mulheres. Em 2021 havia 184 delas e, em 2024, 446, o que equivalia a 20,8% do total. 

Nas áreas administrativas a presença de profissionais do sexo feminino, que costuma ter uma maior representatividade, passou de 32,9% para 36,8%. De acordo com o presidente da Nissan do Brasil, Gonzalo Ibarzábal, “ter uma companhia inclusiva e diversa é algo muito importante para nós, pois estamos convencidos de que será um bom negócio tanto para competir no mercado como para crescer no Brasil. Assim somos mais fortes”.

Ibarzábal disse ainda que, por ser uma grande empresa, a Nissan precisa dar o exemplo para a sua cadeia de fornecedores e distribuidores e que, por este motivo, em cada oportunidade este tema está presente: “Recentemente incrementamos o número de funcionários em Resende e, somente dos estagiários contratados este ano 52,3% são mulheres”.

No universo dos jovens aprendizes a participação feminina é de 45,3%.

“Sabemos que isto não será mudado de uma hora para outra mas é preciso bater nesta tecla consistentemente. É necessário ter disciplina e consistência para mudar este cenário e torná-lo mais diverso e equilibrado.”

Andréa Barranha é a nova diretora de TI da GM Financial

São Paulo – Andréa Barranha foi designada diretora de TI da GM Financial. Em seu novo cargo será responsável pela adoção de metodologias de trabalho mais ágeis, iniciativas ligadas a IA, inteligência artificial, e continuar promovendo inovações nas plataformas de crédito dos produtos de financiamento da companhia.

Barranha chega à empresa com experiência de dezoito anos na Assurant, onde ocupou diversos cargos na área de TI, sendo formada em processamento de dados com especialização em engenharia da informação e MBA em gestão de projetos.

Volvo anuncia Egon Clausen como vice-presidente de operações industriais

São Paulo – A Volvo anunciou Egon Clausen como o novo vice-presidente de operações industriais no Brasil. Agora o executivo, que está há mais de vinte anos na montadora, é responsável pelos trabalhos na fábrica da Volvo em Curitiba, PR, onde são produzidos caminhões pesados e semipesados, cabines, motores, transmissões e chassis de ônibus.

As áreas que ficaram sob responsabilidade de Clausen são manufatura, projetos, inovações industriais, qualidade, sistemas produtivos, logística industrial. Com a designação a Volvo espera fortalecer ainda mais seus processos industriais no País, alinhados a seus objetivos de negócios.

Clausen é formado em engenharia mecânica pela UFPR, Universidade Federal do Paraná, com pós-graduação em gestão empresarial pela FAE Business School e MBA em desenvolvimento de recursos humanos pela ISAE.

Sem motores Toyota interrompe produção de veículos

São Paulo – A produção de veículos nas fábricas da Toyota de Sorocaba e Indaiatuba, SP, foi suspensa na terça-feira, 23, em decorrência do acidente na unidade que produz motores em Porto Feliz, SP, causado pelas chuvas que atingiram o Estado na segunda-feira, 22. Como a companhia trabalha sem estoque não há previsão de retorno da operação nas linhas. 

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, Leandro Soares, uma reunião da empresa com os sindicatos foi agendada para quarta-feira, 24, para passar uma avaliação dos estragos. A expectativa do dirigente sindical é de que esta paralisação se estenda por algum tempo.

“Acredito que a fábrica ficará parada por no mínimo mais uma semana, porque Porto Feliz fornece os motores tanto para Indaiatuba como para Sorocaba. Mas ainda não temos confirmação de prazos.”

Não houve pessoas feridas com gravidade, segundo Manoel Neres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região, que representa os trabalhadores de Porto Feliz. Trinta funcionários tiveram ferimentos leves. Segundo ele “se a fábrica ficar parada só uma semana será ótimo”, mas evitou arriscar um prazo.

Neres disse que “pareceu ter passado um furacão por ali” e que aparentemente muitos robôs foram danificados.  A Toyota informou, por nota, que avalia o tamanho do prejuízo e que a produção em Porto Feliz está paralisada por tempo indeterminado.

Por dia, de acordo com o dirigente sindical, são produzidos 280 motores em Porto Feliz. A fábrica abastece as linhas de produção de Indaiatuba e Sorocaba, que produzem o sedã Corolla e o SUV Corolla Cross e o hatch Yaris para exportação. O lançamento do Yaris Cross, SUV compacto que passará a integrar o portfólio da Toyota do Brasil, está agendado para o fim do mês que vem.

A fábrica de Porto Feliz produz também motores que são exportados para os Estados Unidos.

Tempestade danifica fábrica e interrompe produção de motores da Toyota

São Paulo – As fortes chuvas que atingiram o Estado de São Paulo na tarde de segunda-feira, 22, causaram prejuízos à fábrica de motores da Toyota em Porto Feliz. Vídeos veiculados por redes sociais dão dimensão ao tamanho do estrago: telhas voaram e a água entrou na área de produção, avançando, também, sobre os equipamentos. Um dos vídeos, feito na área externa, mostra que a estrutura física foi altamente comprometida e até as paredes desmoronaram.

Outro, feito durante a chuva, dá a dimensão da força dos ventos e da água que invadiu o chão de fábrica.

Em nota a Toyota afirmou que não houve relatos de fatalidades e que prestou todo suporte necessário aos trabalhadores e parceiros que estavam no local. A empresa ainda calcula o tamanho do prejuízo por meio de um relatório de danos.

A produção de motores está interrompida e sem previsão de retorno. A fábrica abastece as linhas de produção de Indaiatuba e Sorocaba, SP, que produzem o sedã Corolla e o SUV Corolla Cross e o hatch Yaris para exportação. O lançamento do Yaris Cross, SUV compacto, novidade do portfólio da Toyota no Brasil, está agendado para o fim do mês que vem.

A fábrica de Porto Feliz produz também motores que são exportados para os Estados Unidos, onde equipam o Corolla local.

Manutenção de elétricos deve girar R$ 5 bilhões por ano até 2030

São Paulo – O mercado de serviços automotivos para veículos elétricos tem o potencial de movimentar R$ 5 bilhões anuais até 2030, estimulado pela demanda por reparos especializados, peças eletrônicas e atualizações de sistemas embarcados. Foi o que apontou estudo do Porto Digital, um dos principais distritos de inovação da América Latina. O levantamento identificou, no entanto, o desafio da formação de mão de obra técnica especializada para esta manutenção. Diferentemente dos carros a combustão, veículos elétricos exigem menos peças móveis e trocas de óleo, mas muito mais conhecimento em eletrônica de potência, software e sistemas digitais. 

Elementos como o BMS, battery management system ou sistema de gerenciamento de bateria, as ECUs, electronic control units ou unidades de controle eletrônicos, e os sensores de condução autônoma exigem técnicos aptos a diagnosticar falhas digitais, a atualizar firmwares e a substituir módulos com segurança.

O estudo do Porto Digital estima que, após o fim do período de garantia, que varia de três a cinco anos, grande parte da frota estará exposta à necessidade de manutenção fora das concessionárias. O que abrirá espaço para oficinas especializadas, que poderão capturar parte de um mercado estimado em bilhões de reais.

Em agosto o Brasil registrou 25 mil 297 emplacamentos de veículos eletrificados, sendo 7 mil 603 puramente elétricos, com crescimento de 48,8% com relação a agosto de 2024. No acumulado de janeiro a agosto foram 164 mil 457 unidades, alta de 50,5% sobre o mesmo período no ano anterior, representando 10,5% do total de automóveis e comerciais leves emplacados.

O levantamento traz ainda estimativas que apontam para frota de cerca de 500 mil veículos eletrificados em circulação, equivalente a 1,1% da frota nacional, considerando automóveis e comerciais leves. 

Parcerias com escolas técnicas são caminho

Para suprir esta demanda será necessário investir pesado em formação técnica, aponta o estudo. Em Pernambuco o IFPE, Instituto Federal de Pernambuco, e o Senai já oferecem cursos em eletroeletrônica, com cargas horárias de 1,2 mil a 1,5 mil horas, e a Escola de Eletricistas da Neoenergia se destaca por iniciativas inclusivas. 

“Mesmo assim estima-se que apenas 20% dos formandos estão hoje plenamente aptos para atuar no mercado de veículos elétricos – sem treinamentos complementares”, diz o levantamento do Porto Digital. Ele recomenda que as empresas requalifiquem técnicos, assinem parcerias com instituições de ensino, adquiram equipamentos de diagnóstico avançado e busquem certificações.

O setor público, por sua vez, deve priorizar financiamento de laboratórios, regulação de normas técnicas para alta tensão e fomento a empregos verdes. Para os consumidores será fundamental investir em conscientização sobre os riscos de reparos improvisados.