São Paulo – Com o lançamento da linha 2026 do Citroën C3 o mercado brasileiro passou a ter um novo carro mais barato: o C3 Live, com motor 1.0 Firefly de 75 cv e câmbio manual de cinco velocidades, passou a custar R$ 75 mil, preço inferior ao Renault Kwid, que parte de R$ 78,7 mil, e do Fiat Mobi, R$ 79,1 mil – valores que constavam nos sites das fabricantes na sexta-feira, 5.
O que chama a atenção é que o C3, agora carro mais barato do Brasil, não integra o programa Carro Sustentável, lançado pelo governo federal, que zerou o IPI de modelos que atendam a alguns requisitos. A razão é que, possivelmente, o C3 deixa de atender a um ou mais destes.
Produzido na fábrica de Porto Real, RJ, o C3 é um carro nacional e passa pelos processos produtivos exigidos, como estamparia soldagem, pintura, fabricação de motor e montagem. Ele é também um SUV, na classificação do Inmetro, com ângulo de ataque mínimo de 23 graus e de saída de 20 graus e altura livre do solo de 200 mm no entre-eixo e 180 mm sob os eixos dianteiros e traseiro, e até 1,1 tonelada de massa. Atende a essas exigências do programa.
O que a reportagem não conseguiu concluir, apesar de pesquisar e questionar a fabricante e o MDIC, é se o C3 atende ao índice de reciclabilidade superior a 80% e emite menos de 83 gramas de CO2 por quilômetro rodado na medição do poço à roda. Os dados públicos do PBEV, Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, do Inmetro, publicados no fim de julho, trazem ainda a métrica dos gases emitidos no escapamento.
Por essa medição o C3 emite 96g de CO2/km. É um volume superior a outros modelos que integram o programa Carro Sustentável, o que indica que este pode ser o entrave. O Chevrolet Onix emite 87 g de CO2/km, o mesmo índice do Renault Kwid. O Fiat Mobi 91 g de CO2/km, o Fiat Argo 94 g de CO2/km, o Hyundai HB20 93 g de CO2/km e o Volkswagen Polo 92 g CO/km. Todos os dados públicos do PBEV, que medem as emissões do escapamento: a reportagem não encontrou dados de medição do poço à roda.
A eficiência energética do Citroën C3, também pelo PBEV, é 1,54 MJ/km, também mais alta do que os demais modelos do programa. O Fiat Mobi tem eficiência energética de 1,46 MJ/km, o Renault Kwid 1,40 MJ/km, Chevrolet Onix 1,41 MJ/km e Hyundai HB20 e VW Polo 1,48 MJ/km.
Em nota oficial a Stellantis, em resposta ao questionamento da reportagem, deixou transparecer que em algum ponto exigido pelo programa o Citroën C3 não se encaixa:
“De acordo com os quatro critérios divulgados para que um veículo se enquadre na nova regra do IPI Verde, a Stellantis possui atualmente Fiat Mobi Drive, Fiat Mobi Treeking e Fiat Argo Drive 1.0 MT com os descontos repassados integralmente e ainda com incentivos adicionais. Nosso portfólio é diversificado, atendendo a diferentes faixas de mercado, e a aplicação futura da nova composição do IPI a outros modelos será avaliada de forma individualizada, de acordo com a estratégia das marcas e as características de cada veículo”.
De toda forma o C3 é, no momento, o carro mais barato do Brasil. Mesmo a ele incidindo alíquota de IPI.
São Paulo – A Comissão Europeia se prepara para realizar série de reuniões sobre o futuro da indústria automotiva, que devem acelerar as condições para atingir as metas de redução de CO2 para 2030. Embora fabricantes europeus de caminhões e ônibus reafirmem o compromisso com a transição verde, eles alertam que a insuficiência de condições favoráveis coloca o setor em risco de circunstâncias fora de seu controle.
A participação de veículos de zero emissão no mercado europeu deverá aumentar de cerca de 3,5% no primeiro semestre para pelo menos 35% em cinco anos. Condições essenciais para isto, no entanto, o que inclui preços de recarga competitivos, incentivos específicos, carregadores de veículos e outros elementos cruciais, continuam a sofrer atrasos.
Segundo Christian Levin, CEO da Scania e presidente do Conselho de Veículos Comerciais da Acea, Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, o setor já entregando os veículos e oferecendo soluções de emissão zero para todas as necessidades de transporte, mas, diante do fato de a maioria das condições essenciais ainda não estarem disponíveis, há o risco de fracassarem.
“Isto não é uma falha de engenharia, é uma falha política. O sucesso da transição para a neutralidade climática não depende apenas dos fabricantes de veículos. No entanto, somos os únicos atores expostos a penalidades desproporcionais por não conformidade, apesar de estarmos mais prontos para entregar resultados”.
Diante disso, os fabricantes de veículos comerciais aguardam para conversar com a Comissão Europeia sobre as medidas urgentes necessárias para tornar as metas de 2030 alcançáveis e garantir o que consideram ser uma transição justa e realista.
São Paulo – A BMW apresentou o primeiro modelo da plataforma Neue Klasse produzido em série: a nova geração do iX3 100% elétrico. Com autonomia de até 805 km e potência máxima de recarga de 400 kW, será produzido na recém-construída fábrica de Debrecen, Hungria.
A primeira variante do elétrico a sair da linha de produção será o BMW iX3 50 xDrive, com potência de 345 kW, 469 cv e tração integral elétrica. Outras versões serão lançadas na sequência, incluindo um modelo de entrada.
De acordo com a montadora a novidade estabelece novos padrões de eficiência e capacidade para longas distâncias. Nova arquitetura eletrônica e de software, incluindo quatro supercomputadores de alto desempenho, chamados supercérebro, torna o primeiro modelo da Neue Klasse mais inteligente e preparado para o futuro.
Além disso, o modelo reduz a pegada de carbono ao longo de seu ciclo de vida em mais de 30% na comparação com seu antecessor. As tecnologias da Neue Klasse serão incorporadas a um total de quarenta novos modelos e atualizações da BMW até 2027.
Acontece que a fábrica ainda é de propriedade da Caoa Chery. O interesse surgiu porque o prefeito de Jacareí, Celso Florêncio, do PL, ameaçou desapropriar o terreno onde a fábrica está localizada, que, segundo ele, pertence ao município. Avistando a oportunidade o empresário Flávio Figueiredo Assis, fundador da Lecar, demonstrou interesse em ocupar a fábrica e ali produzir os híbridos-flex Lecar Coupé 459 e a picape Campo.
Na semana passada Florêncio postou em suas redes sociais uma foto com representantes da Caoa Chery. “Recebi hoje pela manhã, em meu gabinete, os representantes da Caoa Chery”, disse a legenda. “A empresa está finalizando os estudos de viabilidade da planta de Jacareí e em breve teremos novidades”.
Investimento em pesquisa e desenvolvimento
“Caso a iniciativa avance a Lecar prevê investimentos, em conjunto com a Investe SP, da ordem de R$ 600 milhões para a retomada da produção”, afirmou o comunicado. “Estão previstas contrapartidas, como a instalação de um centro de inovação e tecnologia, unidades de P&D em diversas áreas da engenharia automotiva, desenvolvimento de sistemas, engenharia elétrica, ensaios e testes”.
São Paulo — No seu primeiro mês no Brasil a Geely emplacou 159 unidades do SUV 100% elétrico EX5, seu modelo de estreia. No acumulado do ano, de acordo com dados do Renavam, foram comercializados 193 veículos.
O plano de expansão da marca no País inclui a abertura de 23 concessionárias até o fim do ano.
São Paulo – A Toyota lançou uma versão do Corolla híbrido destinada ao público PcD e taxistas, que passa a ser a de entrada com motorização eletrificada. O preço sugerido, R$ 189 mil 990, não inclui os 18% que podem ser descontados pelo público-alvo – e chegaria a R$ 155,8 mil.
Com sete airbags, central multimídia Toyota Play 2.0 e o Toyota Safety Sense, que traz recursos de segurança e direção semiautônoma, O motor 1.8 VVT-i 16V trabalha em parceria com dois elétricos, que combinam até 122cv.
Agora o portfólio do Corolla deixa de oferecer a versão GLi somente a combustão e parte de R$ 171 mil 590 na XEi.
São Paulo — O mais tradicional e influente encontro de líderes da indústria automotiva brasileira, o Congresso AutoData Perspectivas e Tendências, em sua versão 2026, já tem data marcada: 11 de novembro, no Centro de Convenções da Universidade Senac, em São Paulo.
Diferentemente das edições anteriores, que se estendiam por dois dias, este ano o Congresso será realizado em apenas um dia de programação intensa. A decisão atende a um pedido recorrente dos executivos do setor e busca facilitar a participação de presidentes de montadoras, fornecedores e lideranças de entidades, reunindo todos em um mesmo ambiente para um dia de debates estratégicos.
“Concentrar o Congresso em um único dia permitirá que os principais líderes do setor e os executivos possam participar de forma mais tranquila, sem precisar se ausentar por longos períodos de suas agendas”, contou Márcio Stéfani, diretor de AutoData. “Isto reforça o peso e a relevância do evento neste momento especial para a indústria automotiva.”
A edição de 2026 acontece em um cenário desafiador: de um lado os reflexos da instabilidade geopolítica global e das dificuldades macroeconômicas no Brasil, e de outro novas oportunidades impulsionadas pelo programa Mover, pela entrada de novas montadoras no mercado brasileiro, pela ampliação de fábricas e pelo lançamento de veículos com alto nível tecnológico.
O programa reunirá mais de vinte palestrantes, incluindo mais de uma dezena de presidentes de montadoras, executivos de empresas sistemistas, fabricantes de motores e representantes das principais entidades setoriais. Nomes já confirmados são os de Evandro Maggio, presidente da Toyota, Adriano Rishi, presidente da Cummins, e Diego Fernandes, COO da GWM.
Além de uma programação única e essencial para o planejamento estratégico das empresas o Congresso oferece uma promoção especial de lançamento, válida para quem se inscrever até 30 de setembro:
dois participantes pelo preço de um: inscreva dois executivos por R$ 2 mil 150, valor cheio.
25% de desconto na inscrição individual: participação por R$ 1 mil 612,50.
Com uma grade de palestras e debates que irá das 8h00 às 18h15 o Congresso se manterá como o fórum de referência para networking e planejamento estratégico da indústria automotiva, consolidando-se cada vez mais como um compromisso essencial para executivos que buscam insights cruciais para os próximos anos.
BorgWarner celebrou 50 anos de presença industrial no Brasil, consolidando-se como referência em tecnologias que impulsionam a eficiência e a descarbonização veicular. Desde 1975, a empresa produziu 8 milhões de turbocompressores, além de 6 milhões de embreagens viscosas e ventiladores, e outras 6 milhões de correntes de sincronismo. O coração das operações segue sendo o turbo, cuja produção nacional foi decisiva para viabilizar o primeiro motor turboflex no Brasil em 2015 — o 1.0 do Volkswagen Up!, depois adotado em quase toda a linha da marca.
Com desenvolvimento e inovações que contribuíram para a eficiência e a sustentabilidade do setor automotivo nacional, como o pioneirismo na fabricação de turbocompressores para motores flex de baixa cilindrada, a BorgWarner é hoje a maior fabricante desse componente no Brasil e responsável por cerca de 50% dos turbos que equipam motores flex turbinados no país. Os principais clientes, atualmente, além da própria Volkswagen, são Fiat, Jeep, Citroën, Peugeot, Renault e Nissan.Para o segmento de pesados a empresa também inovou ao fabricar no país turbocompressores com a tecnologia ball bearing, que contribui para o aumento da eficiência da turbina e a redução do consumo de combustível e de emissões, auxiliando as montadoras a atenderem às normas de emissões Proconve P-8. A estratégia da BorgWarner no Brasil acompanha a visão global da companhia, cujo portfólio é amplamente voltado à redução de emissões, correspondendo a 87% da receita global em 2023. No país, a empresa também está preparada para atender veículos comerciais eletrificados com sistemas de baterias montados na unidade de Piracicaba/SP. Dessa forma, meio século depois de sua chegada ao Brasil, a BorgWarner reafirma seu papel como agente da transição energética no setor automotivo.
Extra-pesados mais seguros
Líder mundial em sistemas de frenagem e fornecedora de subsistemas para veículos ferroviários e comerciais, a Knorr-Bremse acumula mais de um século de história e está presente em mais de 30 países, oferecendo soluções inovadoras que garantem segurança, eficiência e sustentabilidade. Reconhecida por sua excelência tecnológica, a companhia de origem alemã mantém-se na vanguarda do desenvolvimento de sistemas de última geração, atendendo às mais rigorosas normas internacionais e moldando o futuro da mobilidade. Um exemplo recente dessa liderança tecnológica ocorreu no Brasil: com a obrigatoriedade do sistema de antitombamento para reboques e semirreboques, a Knorr-Bremse saiu à frente e nacionalizou o iTEBS® X, sistema de controle eletrônico de freios que redefine padrões de segurança, eficiência e sustentabilidade para o transporte pesado, reduzindo significativamente o risco de tombamento.
O iTEBS® X reúne funcionalidades exclusivas, como controle de estabilidade (RSP/RSS), sistema antibloqueio de rodas (ABS) e monitoramento inteligente de pneus (iTPMS), elevando segurança e eficiência operacional. Outro diferencial é a possibilidade de remanufatura do módulo eletrônico, o que reduz custos para frotistas e prolonga a vida útil dos componentes. Para viabilizar a produção local, a subsidiária brasileira investiu R$ 18 milhões em engenharia e estrutura fabril em Itupeva (SP), tornando-se a primeira unidade fora da Europa a fabricar o módulo. A linha de montagem já opera em dois turnos, com capacidade inicial de 35 mil unidades por ano e planos de expansão, incluindo exportações para toda a América Latina.
Com mais de 800 colaboradores na planta de Itupeva, que também produz soluções para o mercado ferroviário de carga e passageiros, a expectativa é de que o novo sistema tenha impacto expressivo no mercado regional e global.
Desenvolvido como plataforma global e adaptado à realidade brasileira, o iTEBS® X incorpora tecnologia de hardware e software específica para suspensões mecânicas, mistas e pneumáticas, predominantes na América Latina. O sistema oferece pacote de dados de reboques e semirreboques que pode ser integrado aos sistemas de telemetria existentes.
Disponível em diversas OEMs, o iTEBS® X também está em negociação para retrofit, possibilitando que frotas mais antigas se beneficiem do aumento de segurança e eficiência proporcionado pela tecnologia Knorr-Bremse.
Ampliação na planta da ZEN
A ZEN, empresa brasileira com sede em Brusque (SC), amplia sua planta industrial em 6 mil m², como parte de um ciclo de investimentos de R$ 150 milhões visando aumentar a eficiência produtiva e reforçar seu compromisso com inovação e sustentabilidade. A empresa está investindo em equipamentos modernos, como uma prensa horizontal de 1.200 toneladas e seis estágios, o que amplia sua capacidade produtiva.
Essa ampliação reflete a transformação que vem ocorrendo na empresa. Nos últimos anos, a ZEN vem reposicionando sua marca para além da atuação tradicional. Fundada em 1960, a ZEN exporta para mais de 70 países e mantém unidades nos Estados Unidos, México, Panamá, Europa e China. No Brasil, além da fábrica em Santa Catarina, a empresa inaugurou recentemente um escritório comercial em São Paulo, como parte da estratégia de aproximação com clientes e mercados.
A ZEN atua com forjamento e usinagem a frio, quente e morno. A empresa atende o mercado elétrico e mecânico com mais de 18 linhas de produtos voltados ao segmento de veículos leves, pesados, motocicletas, agrícolas e náuticos. Possui uma ampla gama de produtos destinados ao segmento OEM e IAM, como impulsores, polias, tensores, anéis ABS, relés de partida, induzidos, motores de partida, alternadores, correias, rolamentos, entre outros. A nova unidade conta com equipamentos de última geração, incluindo uma trefila de alta potência, uma das mais tecnológicas da América Latina, capaz de detectar variações no material em tempo real, elevando o padrão de qualidade e eficiência.
No aspecto ambiental, o processo de lubrificação é inovador e livre de ácidos, tornando essa etapa da planta uma das poucas no mundo com essa tecnologia ambientalmente correta. A linha de fosfatização elimina o uso de ácido e reutiliza a água de enxágue em três etapas, minimizando o impacto ambiental e a geração de efluentes. A fábrica foi projetada para minimizar impacto sonoro, com estrutura pré-moldada, paredes reforçadas e telhas termoacústicas.
Além de moderna, a unidade conta com ventilação e controle térmico eficientes, promovendo ambiente de trabalho saudável. Com essa expansão, a ZEN atenderá ainda melhor às demandas do mercado, fortalecendo sua atuação global como uma indústria responsável e conectada ao futuro.
Baseado em valores reais de financiamentos, o IBV Auto (Índice BV Auto) acaba de ser lançado pelo banco BV, uma das principais instituições financeiras do país. O índice acompanha a variação de preços e a desvalorização dos automóveis leves usados, com visões regionais e estaduais, em linha com a presença da instituição em todo o país. Em agosto, o índice de preços de automóveis usados teve alta de 0,92% sobre o mês anterior, tendo a região Sudeste puxado a valorização. No acumulado em 12 meses até agosto, o indicador apresentou uma alta de 6% do preço dos automóveis leves usados.
“O IBV Auto reforça a relevância de dados reais de mercado para compreender a dinâmica de preços dos usados no Brasil. Com critérios bem definidos, o índice oferece uma visão clara sobre a variação de valores entre diferentes motores, modelos, anos de fabricação e regiões, ajudando a interpretar de forma mais precisa as mudanças do setor”, afirma Jamil Ganan, diretor de Negócios de Varejo do banco BV.
Em agosto, a inflação de veículos usados na região Sudeste foi de 1,2% e, na região Norte, de 1,1%. Rio de Janeiro (1,25%), Bahia (1,21%), Minas Gerais (1,10%) e Amazonas (1,02%) apresentaram as maiores taxas mensais e, no acumulado em 12 meses, o estado do Rio de Janeiro se destaca com elevação de 7,1%.
Roberto Padovani
“A alta do IBV Auto em agosto, de 0,92%, ante 0,80% em julho, representa uma aceleração da inflação do carro usado para além da inflação ‘cheia’ medida pelo IPCA. A alta reflete o momento ainda aquecido da atividade econômica, principalmente da renda das famílias, que impulsiona a demanda por veículos. A manutenção da Selic em patamar elevado é um fator que tende a arrefecer a alta dos preços de usados no médio prazo, assim como os impactos da redução do IPI em veículos novos”, destaca Roberto Padovani, economista-chefe do banco BV.
Desvalorização
O índice também traz uma análise comparada da desvalorização de veículos por tipo de motorização. Veículos elétricos fabricados em 2022 acumulam acentuada desvalorização de 46,6% até agosto de 2025, pressionados pela queda nos preços dos veículos novos. Os modelos híbridos do mesmo ano/modelo, por sua vez, registram desvalorização de 20,1%, enquanto os a movidos a motores a combustão, na mesma base de comparação, perderam 12,7% em valor.
“A queda dos elétricos mostra que o mercado de usados ainda está buscando equilíbrio para essa tecnologia, especialmente diante da redução nos preços dos modelos novos. Já os veículos a combustão mantêm uma trajetória mais estável, com menor perda de valor”, afirma Flávio Suchek, Diretor Executivo de Varejo do banco BV.
Metodologia e critérios
O IBV Auto é um indicador desenvolvido para medir, com precisão e base metodológica robusta, a variação de preços regional e, de forma consolidada, em todo o país. Utilizando dados reais de transações financiadas pelo banco BV, o índice reflete o valor de mercado dos veículos em todo o país, incorporando critérios rigorosos de amostragem, ajustes por depreciação e agrupamento técnico de modelos, permitindo acompanhar mensalmente a dinâmica dos preços por região.
A ponderação é realizada com base no valor total das negociações (volume por preço): quanto maior o preço e mais comercializado for um determinado modelo e ano, maior será o peso do veículo na cesta que compõe o indicador. O índice utiliza o ano de 2019 como base histórica inicial, fixando o indicador nacional em 100, para permitir comparações ao longo do tempo até o mês mais recente de 2025. Nos índices regionais, a base é ajustada de acordo com a diferença média de preços em relação ao mercado nacional naquele ano. Isso garante que a série reflita com precisão a evolução dos preços e as diferenças regionais, oferecendo uma leitura mais apurada do mercado de usados.
Além disso, o IBV Auto busca medir a evolução das taxas de desvalorização de cestas comparáveis de automóveis híbridos (HEV), elétricos (BEV) e a combustão (ICE) mensalmente. O objetivo principal é permitir a comparação da desvalorização de automóveis com diferentes tipos de propulsão (a combustão, híbridos e elétricos), tomando como base veículos de mesma idade e características gerais comparáveis (preço quando novo, tamanho, categoria, país de origem, entre outros).
São Paulo – A Marcopolo Rail, divisão da Marcopolo que produz veículos ferroviários, fornecerá três trens urbanos do modelo Prosper City para a CFLP, Companhia Ferroviária e de Logística do Piauí. A negociação envolveu duas composições com dois carros e uma com três carros que serão usados na Capital, Teresina.
O trem urbano Prosper City é produzido no Brasil, em Caxias do Sul, RS, e foi desenvolvido localmente para atender demandas de médias e grandes cidades.