Jeep Compass soma meio milhão de vendas em menos de 10 anos

São Paulo – Lançado em setembro de 2016 o Jeep Compass, fabricado em Goiana, PE, superou a marca de 500 mil unidades vendidas no mercado brasileiro. Ele já liderou a categoria dos SUVs e ocupou por diversas vezes o Top 10 dos modelos mais vendidos.

O Compass é exportado para diversos países da América Latina e uma nova geração deverá desembarcar por aqui nos próximos anos – na Europa chega no segundo semestre.

Tata Motors adquire divisão de veículos comerciais do Grupo Iveco

São Paulo – A indiana Tata Motors, dona da JLR, adquiriu a divisão de veículos comerciais da Iveco, que envolve a operação de caminhões Iveco, Iveco Bus, FPT e a Heuliez. Todas as ações foram compradas pela Tata Motors por € 3,8 bilhões, após a separação da divisão de veículos de defesa, dona da IDV e da Astra.

Esta outra divisão, por sua vez, foi adquirida pela companhia italiana Leonardo, que também compete no segmento de defesa, por € 1,7 bilhão.

Segundo comunicado a expectativa é que a transação, dependente de aprovação dos órgãos reguladores, seja concluída até 31 de março de 2026. Será criada uma nova companhia, com sede na Holanda, com controle exercido pela Tata.

A Iveco comemora, em 2025, 50 anos de fundação. Sediada em Turim, Itália, já foi parte do Grupo Fiat e era controlada pela família Agnelli.

François Provost é oficializado CEO do Grupo Renault

São Paulo – O Grupo Renault nomeou François Provost para o cargo de CEO, sucedendo a Luca de Meo, pelos próximos quatro anos. Conforme antecipado pela Agência AutoData a companhia optou por uma solução interna e rápida para a sucessão – de Meo deixou o cargo há duas semanas, rumo à Kering, proprietária de marcas como Gucci e Yves Saint Laurent.

Ele assume as funções na quinta-feira, 31, quando anuncia, também, os resultados financeiros do primeiro semestre. Executivo experiente, com mais de 23 anos de carreira no grupo, Provost ocupava a função de chefe de compras, parcerias e relações públicas na Renault. Antes passou pelas operações de Portugal, Rússia, Coreia do Sul e China.

O francês, nascido em 1968, é formado pela Escola Politécnica da França, onde foi engenheiro chefe do Corpo Técnico das Minas.

BYD sobe o tom, rebate Anfavea e chama montadoras de dinossauros

São Paulo – Um meteoro que veio acabar com os dinossauros. Com esta metáfora a BYD sintetizou o que está acontecendo na indústria automotiva brasileira, que tem seus ânimos acirrados com a possibilidade de apreciação do pleito da montadora chinesa para reduzir de forma temporária o imposto de importação de kits CKD e SKD, o que facilitaria seus planos na primeira etapa da fábrica de Camaçari, BA.

A previsão é que o Gecex, o comitê gestor da Camex, Câmara de Comércio Exterior, avalie o pedido na reunião agendada para a quarta-feira, 30. Nos últimos dias a Anfavea aumentou a pressão, nos corredores e junto à opinião pública, para que fosse rejeitado.

Em carta enviada à imprensa, intitulada Por que a BYD Incomoda Tanto?, a BYD se considera o meteoro, que os dinossauros, as empresas associadas à Anfavea, nominalmente Stellantis, Toyota, General Motors e Volkswagen – que enviaram uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo a rejeição do pedido alegando concorrência desleal – enxergam no céu.

“Assinada por representantes da Toyota, Stellantis, Volkswagen e General Motors, a carta tem o tom dramático de quem acaba de ver um meteoro no céu”, diz a carta. “O problema não é o meteoro, claro. O problema é que ele está sendo bem recebido pelos consumidores — aqueles mesmos que, por décadas, foram obrigados a pagar caro por tecnologia velha e design preguiçoso”.

A BYD lembrou que alguns fabricantes reduziram drasticamente os preços dos seus modelos elétricos após a sua chegada. “Não foi por acaso que uma concorrente reduziu o valor de um modelo elétrico em mais de 100 mil reais depois da chegada da BYD. Por que antes custava tanto?”

E disse que seu pleito, de reduzir impostos de forma temporária, não é nenhuma novidade e foi usado pelas empresas no passado: “A redução temporária de imposto que a BYD pleiteia segue uma lógica simples e razoável: não faz sentido aplicar o mesmo nível de tributação sobre veículos 100% prontos trazidos do Exterior e sobre veículos que são montados no Brasil, com geração de empregos locais, movimentação da cadeia logística e pagamento de encargos. Isso não é nenhuma novidade, outras montadoras já adotaram a mesma prática antes de ter a produção completa local”.

Sobre a pressão feita pela Anfavea, que diz que os investimentos programados na ordem de R$ 180 bilhões poderão ser revistos caso os impostos sejam reduzidos, a BYD diz tratar-se de um velho roteiro: 

“Diante de qualquer sinal de abertura de mercado ou inovação, surgem as ameaças de demissões em massa, fechamento de fábricas e o fim do mundo como conhecemos. É uma espécie de chantagem emocional com verniz corporativo, repetida há décadas pelos barões da indústria para proteger um modelo de negócio que deixou o consumidor brasileiro como último da fila da modernidade”.

Por fim, a montadora chinesa diz ter se comprometido com o governo do Estado da Bahia, onde está sediada a sua fábrica, de ter a produção completa após a fase de SKD e CKD. Quando a reportagem da Agência AutoData esteve em Camaçari, no início do mês, o vice-presidente sênior Alexandre Baldy mencionou os contratos assinados e disse que abriria os prazos e porcentual de conteúdo local acordados, mas até agora isto não foi feito.

Governadores pedem mais prazo

Em outra carta, esta endereçada ao vice-presidente e titular do MDIC, Geraldo Alckmin, governadores de Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, manifestam preocupação com relação à possível redução nos impostos e pedem mais tempo para discussão.

A sugestão é que o tema não seja debatido na reunião da Camex da quarta-feira, 30, e que um canal de diálogo seja aberto antes da tomada de decisão, para que sejam avaliados os impactos regionais e setoriais.

As primeiras linhas de montagem

A história da indústria automotiva no Brasil tem uma pré-história, iniciada bem antes da adoção de um programa oficial com incentivos para a instalação de fábricas e nacionalização de produtos, o que só ocorreria a partir de 1956. Na primeira metade do século 20 alguns empreendedores nacionais, importadores e fabricantes estrangeiros decidiram tentar a sorte com a localização de linhas de montagem de veículos em um país que mal tinha estradas, muito menos um setor industrial que merecesse este nome.

Apesar do mercado limitado, industrialização tímida e nenhum incentivo formal ao longo de cinco décadas estas empresas montaram no País cerca de 550 mil veículos, incluindo carros, utilitários, caminhões e ônibus, segundo estimativas baseadas na divulgação de volumes por algumas montadoras, pois naquela época sequer havia o controle estatístico oficial da produção.

Mesmo com baixos volumes e baixa industrialização estas primeiras linhas de montagem foram fundamentais para dar o primeiro empurrão ao desenvolvimento da cadeia automotiva nacional, com a criação dos primeiros fornecedores de componentes, que chegaram a contribuir com níveis de nacionalização que com o tempo chegaram a mais de 40%.

Em uma época que os navios eram menores, os contêineres nem tinham sido inventados e os transoceânicos roll-on/roll-off com milhares de veículos a bordo eram peça de ficção, fazia sentido importar os carros desmontados em caixotes para montagem local com baixos volumes. Eram produtos destinados ao nascente transporte motorizado de mercadorias e pessoas, além de alguns poucos automóveis comprados para a mobilidade individual da elite nacional, ainda em número menor do que é hoje – basta dizer que o primeiro emplacamento de que se tem notícia na cidade de São Paulo, o veículo 001, registrado em 1903, pertencia ao conde Francisco Matarazzo, ele mesmo um precursor da industrialização brasileira.

A ORIGEM

Esta reportagem foi publicada na edição 423 da revista AutoData, de Julho de 2025. Para ler ela completa clique aqui.

Foto: Reprodução internet/Lexicar

François Provost deverá ser o novo CEO do Grupo Renault

São Paulo – O Conselho de Administração do Grupo Renault deverá oficializar François Provost como seu novo CEO, sucedendo a Luca de Meo, que deixou a companhia há poucas semanas. Segundo a publicação francesa Le Figaro uma reunião na quarta-feira, 30, decidirá o novo nome, que, salvo reviravolta, será o do atual chefe de compras e relações públicas.

A escolha por uma solução caseira prevaleceu. A Renault chegou a sondar nomes de fora, como Maxime Picat, chefe de compras e supply chain da Stellantis, mas as conversas não avançaram. 

Provost é realmente uma cria da Renault, onde ingressou em 2002 como diretor de vendas da filial de Bordeaux. Passou por cargos em Portugal, Rússia, Coreia do Sul e China, e retornou à França em 2020.

Discreto, era considerado o braço direito de de Meo e o seu favorito a sucedê-o, segundo o jornal.

Omoda Jaecoo supera a marca de 1 mil unidades emplacadas no Brasil

São Paulo – A Omoda Jaecoo alcançou a marca de 1 mil veículos comercializados no Brasil menos de três meses depois de iniciar sua operação. O veículo de número 1 mil é um Jaecoo 7 Prestige, entregue a um cliente do Espírito Santo.

Junho foi o segundo mês cheio de vendas da Omoda Jaecoo, que avançou 36% sobre maio, o primeiro mês completo. Segundo o diretor comercial Mario Paziani as vendas estão dentro do ritmo esperado.

A meta é chegar a 1 mil unidades/mês até o fim do ano.

Fiat Fastback chega a 150 mil unidades produzidas em Betim

São Paulo – O Fiat Fastback, produzido na fábrica de Betim, MG, chegou à marca de 150 mil unidades fabricadas no País desde o seu lançamento, em 2022. O SUV passou por mudanças recentes na linha 2026 e é comercializado em cinco versões: Turbo 200 AT, Audace T200 AT Hybrid, Impetus T200 AT Hybrid, Limited Edition T270 AT e Abarth.

O Fastback, junto do Pulse, foi o primeiro Fiat a receber motorização híbrida. No primeiro semestre somou 25,2 mil emplacamentos, o décimo-quinto modelo mais vendido do Brasil, de acordo com o ranking de automóveis e comerciais leves da Fenabrave.

Governo estuda dispensar aulas obrigatórias em autoescolas para obter CNH

São Paulo – O governo federal deseja eliminar a exigência de aulas em autoescolas para o processo de obtenção da CNH, Carteira Nacional de Habilitação. Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou à GloboNews o alto custo, de R$ 3 mil a R$ 4 mil, tem levado milhões de brasileiro a dirigir sem habilitação:

“Qual o problema do Brasil? É que a gente tem uma quantidade muito grande de pessoas dirigindo sem carteira porque ficou impeditivo tirar uma no Brasil. De R$ 3 mil a R$ 4 mil. O cidadão não aguenta pagar isto”.

O governo, segundo o ministro, estuda medidas para reduzir ao máximo o custo do processo, o que permiria mais pessoas tirar a habilitação. A ideia é oferecer cursos, ministrados por instrutores qualificados, com supervisão do Senatran e do Detran de cada região. Hoje segundo o ministro, os brasileiros compram motocicletas e automóveis e rodam sem habilitação.

Renan Filho disse que o projeto não depende de aprovação do Congresso e pode ser implementado por meio de regulamentação: “Construímos um projeto que pode funcionar a partir daquilo que o próprio governo pode fazer. Não vamos mexer profundamente em leis”.

De acordo com o ministro foi realizada uma pesquisa que apontou que 20 milhões de brasileiros dirigem sem CNH e outros 60 milhões têm idade para tirar, mas ainda não obtiveram o documento.

Lecar mostrará protótipo de picape híbrida flex

São Paulo – A Lecar, que trabalha para ser uma futura fabricante nacional de veículos, mostrará o primeiro protótipo de sua picape híbrida flex, a Lecar Campo, durante a feira Fenasucro & Agrocana 2025, em Sertãozinho, SP, de 12 a 15 de agosto. O lançamento está agendado para o segundo semestre de 2026.

De acordo com a Lecar a autonomia da Campo chegará a 1 mil quilômetros com apenas 30 litros de etanol. Sua motorização combinará um motor elétrico de 165 cv de potência com um flex, produzido pela Horse, de 122 cv.

A escolha da feira, segundo a Lecar, se deu pelo fato de que Sertãozinho é um dos principais polos de produção de etanol no País.