São Paulo — A produção da Marcopolo no segundo trimestre foi 21,6% maior do que a registrada em igual período de 2020, incluidos aí veículos Volare, enquanto a receita líquida foi de R$ 823,7 milhões, aumento de 3,2% ante o mesmo período do ano passado, segundo balanço financeiro divulgado pela empresa, que lançou em julho a sua nova geração de ônibus.
O lucro bruto chegou a R$ 60,5 milhões, com margem de 7,4%, e o lucro líquido foi de R$ 200,9 milhões, com margem de 24,4%, impulsionados pelo reconhecimento da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS, que representaram impacto positivo de R$ 383 milhões antes dos impostos. O Ebitida somou R$ 140,5 milhões, com margem de 7,4%.
A maior demanda nos negócios do segundo trimestre foi puxada pelo segmento de fretamento, seguido pelo Caminho da Escola, programa do governo federal, que em junho passou por uma nova licitação na qual a Marcopolo terá direito a 3,9 mil unidades, do total de 7 mil.
De acordo com José Antônio Valiati, CFO e diretor de relações com investidores da Marcopolo, "começamos a perceber sinais de recuperação da confiança de clientes e usuários. Um dos indicativos é o aumento do interesse de compra e maior uso das frotas paradas, o que deve levar a compras efetivas mais adiante. A companhia segue confiante de que a demanda retornará de forma mais intensa no fim do terceiro trimestre, com boas perspectivas para o quarto, quando a maioria da população brasileira deverá ter tomado a primeira dose da vacina contra a covid-19".
As exportações cresceram 18,8% no segundo trimestre, enquanto a produção em unidades instaladas fora do País foi 61,2% maior, impulsionada pela base baixa de 2020. Dessa forma os negócios no Exterior representaram 30,9% da receita líquida da empresa no período. Para o segundo semestre a expectativa é de forte demanda da África.
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