São Paulo – A General Motors foi convocada a se explicar à Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, em Brasília, DF, sobre as demissões de dois dirigentes sindicais, em outubro. O requerimento, apresentado pelo deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, foi aprovado na semana passada e a expectativa é que a audiência, com presença de representantes do Ministério Público do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Previdência e da CSP Conlutas, ocorra apenas em 2023.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP Conlutas, a demissão dos dirigentes sindicais Luiz Carlos Prates, o Mancha, e Gilvan Landim violou “ao direito constitucional de estabilidade das direções sindicais e garantia de livre associação sindical, presente no artigo oitavo da Constituição Federal”.
Mancha, na GM há 35 anos, integra a Secretaria Executiva Nacional da CSP Conlutas. Landim é diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul. Por estarem nesses cargos têm direito a estabilidade no emprego – e, segundo o sindicato, a empresa não deu explicações sobre as razões das demissões.
Além da Câmara as entidades buscam, juto com outras organizações sindicais, movimentos sociais e entidades internacionais, o cancelamento destas demissões.
A General Motors afirmou “que todas as leis são respeitadas pela companhia. Os desligamentos mencionados foram realizados em conformidade com as normas vigentes e a decisão seguiu princípios relacionados ao dia a dia do negócio”.