São Paulo – Passados quatro meses desde a última parada de produção em Gravataí, RS, a General Motors decidiu pela concessão de férias coletivas de dez dias para toda a fábrica a partir de 12 de junho. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí em torno de 7 mil trabalhadores ficarão em casa nesse período, sendo cerca de 2,5 mil funcionários diretos da montadora, 2 mil terceirizados e 2,5 mil de sistemistas.
Esta é a segunda vez no ano que a GM paralisa a produção na unidade. De 30 de janeiro a 22 de fevereiro foram concedidas férias coletivas de 24 dias.
“A GM foi clara. O motivo do acionamento dessas férias coletivas de emergência é a queda nas vendas”, disse Valcir Ascari, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí. “O pátio está cheio de carros e a fábrica precisa parar de produzir por um tempo, até que o mercado reaja”.
Segundo Ascari havia a expectativa de que o governo anunciasse medidas de incentivo ao setor no Dia da Indústria, em 25 de maio, tanto que alguns dias antes a direção da empresa já havia comunicado o sindicato a respeito da necessidade de suspender a produção.
No entanto, decidiu esperar mais um pouco para ver qual seria o teor do incentivo – até porque, nos moldes em que havia sido divulgado inicialmente, veículos de até R$ 120 mil, gama em que se enquadram os modelos da linha Chevrolet Onix,
Frente à necessidade de as medidas passarem pelo crivo do Ministério da Fazenda acabou optando por acionar a ferramenta, combinada em assembleia com os trabalhadores no dia 31 de maio. Procurada, a montadora confirmou que “a fábrica da General Motors em Gravataí, no Rio Grande do Sul, irá conceder férias coletivas aos seus empregados entre os dias 12 e 21 de junho para adequação dos volumes de produção’’.
Segundo o sindicalista em torno de 1 mil Onix são produzidos diariamente em Gravataí, ou seja, ao longo desse período em torno de 10 mil unidades deixarão de ser produzidas.
Na semana passada a montadora anunciou que também frente à diminuição da demanda a linha picape S10 e áreas afins em São José dos Campos, SP, pararão também a partir de 12 de junho. A suspensão da produção na unidade, onde deixarão de ser fabricados 3 mil veículos, será parcial. Em torno de 2,7 mil operários dos 3,6 mil terão day off no período.