O PIB no segundo trimestre cresceu 0,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em valores correntes, o indicador alcançou R$ 1,639 trilhão. No acumulado do primeiro semestre, o PIB ficou estável no comparativo com o mesmo período de 2016. Os dados foram divulgados, na sexta-feira, 1º, pelo IBGE.
O destaque ficou por conta do consumo das famílias que impactou positivamente no comércio. Após nove trimestres de queda, a expansão no consumo das famílias foi de 1,4%. Rebeca Palis, coordenadora de contas nacionais do IBGE, disse que o PIB continuou mostrando uma variação positiva, já verificada no primeiro trimestre deste ano, quando o indicador cresceu 1%:
“O consumo das famílias teve nesse período uma conjunção de fatores positivos que contribuíram para esse crescimento. A liberação do FGTS teve grande importância. Apesar de sabermos que muitas famílias usaram os recursos para pagamento de dívida ou poupança, uma parte foi adicionada para a compra de bens”.
Segundo Palis, outro fator que contribuiu para a elevação do consumo foi a queda da inflação no segundo trimestre. Isso fez o ganho real nos salários aumentar: “Os reajustes foram feitos com base na inflação do ano passado, que foi maior. E mesmo com a queda na ocupação, o que se tem disponível nas famílias para gastarem ou pouparem aumentou nesse trimestre. A queda da taxa Selic também foi um fator positivo para o consumo das famílias”.
Palis ressaltou que, mantidas essas condições macroeconômicas, há indicação de que o consumo das famílias deverá manter a tendência de alta nos próximos períodos. Trata-se de uma boa notícia para o setor automotivo, que espera crescer em vendas este ano e se recuperar do tombo dos últimos dois anos.
Setores da economia – Quando se olha os setores da economia, a agropecuária registrou variação nula, a indústria caiu 0,5% e os serviços cresceram 0,6%. Nos segmentos da indústria, construção teve queda de 2%, atividade de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana caiu 1,3%. A extrativista mineral variou positivamente 0,4% e a indústria de transformação manteve-se praticamente estável, com crescimento de 0,1%.
Nos Serviços, tiveram resultado positivo o comércio, com 1,9%, as atividades imobiliárias e outros serviços, com 0,8%, e as atividade de transporte, armazenagem e correio, com 0,6%.
Foto: Divulgação
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