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29/09/2017

BorgWarner localiza produção de correntes e mira carros 1.0

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Foto Jornalista  Bruno de Oliveira

Bruno de Oliveira

Contratos firmados localmente com as fabricantes Fiat e Renault viabilizaram a produção no País de correntes de sincronismo da Morse Systems, divisão da BorgWarner especialista no componente, na fábrica da companhia instalada em Itatiba, SP, desde o final de abril. A empresa projeta um volume de produção de 150 mil peças até o final deste ano. O mercado mantendo a estimativa de crescimento, o volume sobe para 550 mil unidades ano que vem.

 

O cronograma leva em consideração um cenário de manutenção das vendas de automóveis leves no mercado brasileiro, o qual, acredita a companhia, manterá o desempenho apresentado este ano, devendo fechar 2018 próximo da marca de 2 milhões 150 unidades negociadas. Atrelado a isso, há crença de que os modelos compactos 1.0 e 1.3, para os quais se destina a produção atual de correntes, vá se sobressair diante dos demais. Outro flanco explorado comercialmente pela BorgWarner é ser parceira das fabricantes que estudam substituir tecnologia: sai a correia dentada, entra a corrente BW.

 

De janeiro a junho, o mercado se mostrou mais propenso às vendas de carros de motorização na faixa superior ao 1.0, o que denota um largo caminho a ser percorrido pelas fabricantes no sentido de massificar os veículos de entrada. Foram 751 mil 941 unidades dos modelos mais potentes contra 406 mil 407 unidades de carros 1.0. “Os lançamentos do Kwid e do Mobi são promissores, de certa forma puxarão os números das vendas por cilindrada”, disse Wilson Lentini, gerente geral da unidade Morse.

 

No segmento de veículos equipados com esta motorização, os Fiat Uno, Mobi e Argo, e também o Renault Kwid já saem de fábrica com correntes de sincronismo da Morse. A área comercial da empresa trabalha para aumentar a participação no mercado de OEM brasileiro com o componente localizado. Há conversas com as demais montadoras instaladas aqui, confirmou o executivo, sem entrar em pormenores sobre quais: “As correntes têm uma forte aderência em motores de veículos premium”.

 

O componente produzido pela Morse em uma unidade instalada dentro da BorgWarner, a qual o executivo se refere como campus, tem sido aplicado pelas montadoras nos projetos dos novos compactos como medida de redução de ruído do motor: “Em motores de três cilindros, por exemplo, o uso da corrente diminui a vibração no equipamento que, em função do número impar de cilindros, tende a vibrar mais e isso provoca ruído”. Afora esta característica, ele disse que as correntes tornam o conjunto de transmissão mais durável, e este fator é visto como um diferencial competitivo em motores turbinados como o do Volkswagen up! TSI, equipado com turbina da companhia.

 

Foto: Reprodução/BorgWarner