AutoData - Ford: o que será do Fiesta sedã no Brasil?
Montadora
28/11/2017

Ford: o que será do Fiesta sedã no Brasil?

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Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

A Ford lançou na sexta-feira, 24, o Fiesta 2018 mas as mudanças foram apenas para a versão hatch pois a sedã manterá o mesmo visual e nível de equipamentos: a companhia acredita que o sedã tem vida independente do hatch. De acordo com o gerente de marketing Fernando Pfeiffer “esse modelo tem vida própria e não temos previsão para renovar”.

 

Mesmo assim, e ao que tudo indica, o Fiesta sedã poderá ter interrompidas suas vendas no Brasil — que somente recomeçariam quando a nova geração da versão sedã, que já é comercializada na Europa, chegar por aqui. Mas não deve aparecer tão cedo, pois utiliza uma nova plataforma e a empresa precisará investir para adaptar a ela uma de suas fábricas na região.

 

O modelo vendido no Brasil é importado do México, onde é produzido na fábrica de Cuautitlán e, segundo informações da imprensa internacional, a Ford poderá paralisar a sua produção ali para abrir espaço para a C-Max, minivan derivada do Focus, que era produzida nos Estados Unidos e que tem volume de vendas mais relevante que o do Fiesta sedã.

 

Outra questão complicada refere-se ao seu espaço interno, limitado se comparado aos principais concorrentes por causa da plataforma estreita que utiliza. O nível de conectividade das versões vendidas no Brasil também deixa a desejar com relação ao que é oferecido por outras empresas.

 

Todos esses fatores se juntam à dificuldade de vender o sedã no Brasil: não caiu no gosto do consumidor e até outubro vendeu exatas 176 unidades este ano, de acorodo com dados do Renavam. Comparando: o Chevrolet Cobalt, líder da categoria, teve 18 mil 742 vendas no mesmo período, e o Honda City, segundo do ranking, comercializou 13 mil 659 unidades.

 

Na verdade a complicada missão de vender o Fiesta sedã no Brasil não começou este ano: em 2016 as vendas não superaram 1 mil 637 unidades, contra 22 mil 466 do Chevrolet Cobalt e 15 mil 422 do Honda City.

 

Foto: Divulgação.