O governo argentino decidirá a partir da segunda-feira, 29, como será o cálculo que definirá quanto cada montadora que extrapolou as cotas de importação de veículos entre junho de 2016 e 2017 deve pagar ao estado.
Desde junho do ano passado está em vigência no país vizinho resolução que determina o pagamento de caução para garantir o cumprimento da exigência.
“Não é uma multa, mas um seguro que deve ser contratado pelas fabricantes de forma preventiva. E só se aplicará às empresas que ultrapassaram a flex de 1,5 nas importações do Brasil”, teria dito uma fonte do governo às agências internacionais.
O que está em discussão é o coeficiente do intercâmbio comercial, o flex, fórmula acordada com o Brasil que tem vigência de cinco anos e estabelece que para cada US$ 1 que a Argentina exporta ao mercado brasileiro em veículos e autopeças ela pode importar US$ 1,50 livre de imposto.
Segundo o Observatório de Políticas Públicas da Undav, Universidade Federal de Avellaneda, a dívida das empresas, em maio, era de US$ 600 milhões, valor que, hoje, é maior por causa do fluxo cambial e do volume de compras que superaram 52 mil veículos.
A Argentina é o principal parceiro comercial do Brasil no setor automotivo e os embarques seguem aumentando em função da alta demanda argentina. Os licenciamentos no país alcançaram 883 mil 802 unidades em 2016, entre veículos nacionais e importados.
Segundo dados do MDIC, o Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, as exportações de veículos brasileiros à Argentina cresceu 43% ano passado na comparação com 2016.
Foto: Divulgação.
Notícias Relacionadas
Últimas notícias