O câmbio é hoje o principal entrave para a importação de veículos no mercado brasileiro, disse o presidente da Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, José Luiz Gandini, em apresentação no Seminário AutoData Megatendências no Setor Automotivo – Os Desafios de 2018 Com ou Sem o Rota 2030 na segunda-feira, 5, em São Paulo, Capital.
“O dólar é um agravante. Em 2011 o câmbio estava a R$ 1,67 e hoje chegou a R$ 3,25, aumento de 95%. No mesmo período os veículos subiram 21%. É impossível voltar aos números de 2011.”
Além do dólar a entrada em vigor do Inovar-Auto em 2012, avaliou, teve grande impacto nos resultados do setor. Naquele ano foram vendidos cerca de 199 mil importados contra 29 mil do ano passado. Assim a participação no mercado interno caiu de 5,82% para 1,37%, o número de concessionárias diminuiu de 850 para 450 unidades e os empregos diretos de 35 mil para 14 mil. E a arrecadação de impostos saiu de US$ 4,1 bilhões para US$ 400 milhões no período.
“Tirar a trava da cota de 4,8 mil unidades ao ano por marca do Inovar-Auto nos deixa otimista, mas temos a questão do dólar e o Imposto de Importação, que não nos permitem chegar um preço competitivo”.
Sobre o Rota 2030, Gandini assegurou que a Abeifa “apóia definitivamente” o programa: “Participamos de quase cem reuniões em Brasília sobre o assunto, mas é importante que seja dado com um tratamento isonômico para todos os participantes da cadeia”. Na opinião de Gandini, entretanto, a publicação do regime deve ficar para o próximo governo: “Defendemos que seja o mais breve possível, mas acredito que não sairá este ano”.
Foto: Allex Chies.
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