As ações de empresas ligadas ao setor automotivo tiveram valorização importante nos últimos 12 meses. Levantamento exclusivo feito pela Comdinheiro para AutoData mostra que algumas empresas apresentaram retorno superior a 130% em 12 meses, enquanto que no período o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira B3, não chegou a 30%.
Filipe Ferreira, analista da Comdinheiro e responsável pelo levantamento, explica que o setor automotivo é um dos primeiros a sentir o efeito da crise: “É um setor muito sensível tanto para a piora quanto para a melhora da economia”.
O estudo levantou o retorno das ações de cinco companhias ligadas ao setor automotivo e que estão listadas na B3. São elas: CSN, Gerdau, Marcopolo, Randon e Usiminas. O levantamento leva em consideração a cotação do dia 1º de março.
Na pesquisa, a Usiminas teve o melhor desempenho no período com retorno de 137,42% em doze meses. Na sequência aparece a Randon, com valorização de 108,25%. As ações da Marcopolo apresentaram alta de 50,72% no período e as da Gerdau, 31,83%. Só a CSN contabilizou retorno negativo em doze meses com as ações caindo 17,38%. O Ibovespa, por sua vez, apresentou valorização de 29,65%.
Para Vicente Koki, analista chefe da DMI, o setor automotivo será muito importante no processo de recuperação da economia: “As ações dos fornecedores ligados a esse setor tiveram boa valorização na Bolsa”.
Além das empresas analisadas pela Comdinheiro, Koki levantou ainda outras cinco companhias ligadas ao setor: Fras-le teve alta de 30,6%, Iochpe valorização de 56%, Mahle Metal Leve retorno de 7%, Plascar com alta de 73% e Tupy registrou expansão de 38%.
“As ações refletem o bom ou mau desempenho das companhias, queda de taxa de juros, aumento do crédito e a maior confiança das famílias, que tendem a adquirir mais bens, devem refletir no mercado e ampliar os retornos dos papéis”.
Foto: Rafael Matsunaga/Fotos Públicas.
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