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25/02/2019

Arteb quer crescer 20% com exportações

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Foto Jornalista Bruno de Oliveira

Bruno de Oliveira

São Bernardo do Campo – Após período em que concentrou todos os esforços na aprovação de sua recuperação judicial, o que acabou acontecendo no ano passado, a Arteb agora dispõe de tempo e fôlego para buscar mercados no Exterior. Segundo seu vice-presidente, Edson Brasil, há capacidade a ser ocupada na fábrica que a companhia mantém em São Bernardo do Campo, SP, com exportações.

 

“O ano passado, para nós, representou período de aprendizado com os erros do passado. Enxugamos nossa operação e a tornamos mais eficiente. Diria que também estivemos ocupados em trabalhar para honrar o acordo com credores e manter a fábrica. Agora chegou o momento de pensarmos em ir mais longe, pois já temos condições para isso em termo de produção e gestão.”

 

No ano passado o faturamento da empresa cresceu cerca de 10% na comparação com o ano anterior em função da conquista de novos contratos no segmento OEM – fornece para Ford, General Motors, Hyundai e Volkswagen. Para este ano a meta é chegar até ao crescimento de 20% sobre o faturamento registrado em 2018 com a busca por contratos em outros países.

 

Brasil disse que estão sendo mantidas conversas com clientes na América do Sul. Para expandir os negócios na região ele afirma que acordos bilaterais costurados pelo País poderiam abrir portas para a empresa por uma razão, considerada por ele, peculiar: “São poucos os que sabem que no Brasil há uma empresa que atua no segmento de iluminação automotiva produzindo localmente. Quem conhece aposta porque o custo, nessas condições, se torna muito competitivo”.

 

No ramo da Arteb, no qual há empresas como Valeo, a eletrônica tem impulsionado o desenvolvimento de novos produtos, de forma que o mercado, hoje, é vivamente abastecido por componentes fabricados na China. O executivo chamou a atenção para processos que precisam ser agregados a estes elementos que tornam a importação ainda mais cara. A Arteb conseguiu nacionalizar esses processos de forma que seus produtos tenham preço mais competitivo para as montadoras do que se tivessem de importá-los da Ásia.

 

Por meio de acordos comerciais Edson Brasil, que dirige a companhia há quatro anos, acredita que o mercado regional poderá ter acesso a uma tecnologia considerada de ponta, e que também representa um caminho para que novas tecnologias passem a ser comuns nos veículos produzidos aqui: “Um eventual acordo com o México, por exemplo, nos daria ganho de escala. Com isso poderíamos agregar produtos mais avançados ao portfólio”.

 

A Arteb, que chegou a ter 2 mil funcionários, trabalha hoje com 1,3 mil e mantém capacidade instalada para abastecer 4 milhões de veículos por ano. Com o crescimento registrado no ano passado contratou novos oitenta funcionários para sua fábrica de Camaçari, BA, onde atende à Ford de forma exclusiva.

 

Foto: Divulgação.