AutoData - Projeção da Anfavea está nas mãos do Congresso Nacional
Seminário AutoData
25/06/2019

Projeção da Anfavea está nas mãos do Congresso Nacional

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Foto Jornalista  André Barros

André Barros

São Paulo – Para o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, as projeções para produção, exportações e vendas de veículos no resto do ano “estão nas mãos do Congresso Nacional”, responsável pela tramitação da reforma da Previdência. Durante sua palestra no Seminário AutoData Revisão das Perpectivas 2019, organizado na terça-feira, 25, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo, SP, o executivo classificou como medíocre o desempenho da economia brasileira nos últimos anos, mas demonstrou confiança no futuro – caso as reformas avancem em ritmo satisfatório.

 

“O [ministro da Economia] Paulo Guedes apostou tudo em um tiro só, a reforma da Previdência. E acho que fez o certo, porque ao colocar em pauta mais assuntos, tira o foco deste que é extremamente importante. É preciso aprovar uma reforma robusta, forte para que, depois, possamos falar em redução da taxa de juros, reforma tributária e investimento em infraestrutura – que, na minha opinião, gerará renda, emprego e fará a economia a voltar a funcionar”.

 

A Anfavea deverá revisar suas projeções nas próximas semanas, durante a divulgação do balanço de primeiro semestre. As estimativas para o mercado interno, de crescimento na faixa de 11%, não deverão sofrer alterações. Moraes disse que embora robusto, as vendas retornam a volumes de 2007. “A base é muito baixa. O tombo nos últimos anos foi muito forte”.

 

Mas os números de exportações, 6,2% de queda, e produção, 9% de alta, certamente serão revistos. “O impacto da Argentina nas exportações foi muito forte. Representa quase 70% dos embarques de veículos do Brasil e, mesmo com a busca por novos mercados, não terá como ser compensado”.

 

O executivo voltou a defender, também, o reajuste no Reintegra enquanto outra reforma, a tributária, avança no Congresso, “para eliminar resíduos. Não tem cabimento exportarmos imposto”. Ele descartou, porém, a proposta de elevar tributos locais para compensar: “Na minha opinião o consumidor brasileiro não pode pagar por isso”.

 

Foto: Christian Castanho.