Caxias do Sul, RS – O plano de recuperação judicial do Grupo Vidroforte foi aprovado na quarta-feira, 17. A decisão foi tomada durante assembleia geral de credores, encerrando as negociações sobre a questão, após dois adiamentos.
Participaram 234 dos mais de quinhentos credores envolvidos no processo, que totaliza R$ 48 milhões em dívidas. A proposta da empresa foi rejeitada por apenas um dos credores. De acordo com Laurence Medeiros, da Medeiros & Medeiros, responsável pela administração judicial, “a aprovação representa um passo importante para a companhia, mostrando que a recuperação judicial é um caminho eficaz para sua reestruturação empresarial”.
O pedido de recuperação judicial da companhia, motivado pela crise financeira, foi deferido em fevereiro de 2018. Em abril e junho deste ano a assembleia foi adiada pela falta de quórum e a pedido da própria empresa, em razão de negociações em andamento. O grupo segue em operação normal e o resultado da assembleia seguirá para homologação judicial.
Quando do pedido de recuperação social o sócio proprietário Herberto Heinen destacou que a medida tinha caráter preventivo: “Estamos solicitando a recuperação judicial em uma fase em que a empresa ainda está saudável. Não queremos deixá-la cair”.
A partir da crise o faturamento médio anual da empresa, de R$ 100 milhões, caiu mais de 20%.
Com sede em Caxias do Sul, RS, e com centros de distribuição em quatro estados o grupo atua em beneficiamento de vidros e completou 30 anos em março. Tem como coligadas as empresas Templex e Vidroforte Transportes, com negócios internacionais. Um dos segmentos atendidos pelo grupo é o automotivo, com fornecimento de vidros para montadoras e para o mercado de reposição.
Foto: Divulgação.
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