São Paulo – No âmbito das exportações o Brasil precisa se equiparar ao seu parceiro comercial, o México, em termos produtivos e ir além em questões tributárias. O ponto de vista defendido por Roberto Tavares, consultor da área fiscal automotiva da PwC, é considerado chave para que o País siga na busca de investimentos das matrizes das montadoras que mantêm produção aqui.
Na área produtiva, Tavares citou a criação de mecanismos fiscais que facilitem a importação de tecnologia análoga ao negócio automotivo: “Não estou falando de máquinas e equipamentos, estou falando, por exemplo, de software de gestão e outros sistemas sobre os quais incidem tributação. No México, China ou Coreia do Sul essas ferramentas são consideradas parte do processo de fabricação”.
O especialista disse, ainda, durante o Workshop AutoData Exportação: A Nova Prioridade da Indústria, realizado na segunda-feira, 5, no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo, que na esfera tributária um exemplo mexicano a ser seguido pelo governo brasileiro – que desenha, neste momento, um modelo de reforma fiscal – é o de diminuir o número de encargos que incidem sobre a folha de pagamentos:
“No México são três os encargos, enquanto no Brasil são dez. Desonerar a folha foi uma das primeiras medidas adotadas pelos países com quem competimos nas exportações, e hoje vemos que são mercados mais desenvolvidos e que seguem dentro dos ciclos de investimentos”.
Foto: Christian Castanho.
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