AutoData - Umicore já trabalha na reciclagem das baterias de elétricos
Meio Ambiente
09/10/2019

Umicore já trabalha na reciclagem das baterias de elétricos

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Foto Jornalista Caio Bednarski

Caio Bednarski

São Paulo – Embora as baterias de carros híbridos e elétricos ainda estejam, ao menos no Brasil, no meio do seu primeiro ciclo de vida, há preocupação sobre o futuro do material: o que fazer quando a carga acabar? Meios de aplicação no chamado segundo ciclo e até a reciclagem são algumas soluções disponíveis no mercado – e, no caso da Umicore, fecha toda a cadeia, do fornecimento da matéria-prima à sua reciclagem.

 

Em 2011 a companhia belga inaugurou em seu país-sede uma fábrica dedicada à reciclagem dos componentes, atendendo a baterias de íons de lítio e níquel hidreto metálico, conta Ricardo Rodrigues, seu gerente comercial. “Observamos que o mercado necessitava de um ciclo completo para a recuperação dos materiais usados, tanto no segmento automotivo quanto no eletrônico”.

 

Suas operações globais buscam nos clientes as baterias inutilizadas, tanto automotivas quanto de smartphones, e as enviam para a reciclagem na Bélgica. No Brasil algumas montadoras já têm contrato para o descarte com a Umicore, embora o serviço apenas engatinhe: “Como os elétricos chegaram ao País há pouco tempo, as baterias ainda estão no ciclo de vida útil, mas já recolhemos algumas que deram problema e exportamos para reciclar na Bélgica”.

 

A expectativa de Rodrigues é a de que a demanda por esse tipo de serviço cresça no País e no mundo, por causa do avanço dos veículos elétricos no mercado. Em regiões mais desenvolvidas, como Europa e China, já existe uma demanda maior pela reciclagem das baterias usadas nos veículos, enquanto no Brasil a principal busca vem do segmento de smartphones. 

 

Recebendo as baterias do mundo todo, a fábrica da Bélgica garante que o componente está desenergizado, faz a desmontagem e recicla a célula da bateria onde ficam os metais – em muitos casos fornecido por ela própria: “Depois disso os metais vão para um forno em alta temperatura, gerando uma liga metálica que pode ser fornecida e usada pelo setor de construção. Assim, fechamos todo o ciclo das baterias”.

 

Foto: Divulgação.