São Paulo — A crise na Argentina continua tendo impacto negativo sobre as exportações da indústria automotiva nacional. Isso não é mais novidade, porém alguns sinais de recuperação dos negócios com outros países da região começam a mostrar o potencial do veículo nacional nesses mercados. Em outubro, de acordo com os dados da Anfavea, foram exportados 29 mil 964 unidades, redução de 22,6% com relação a igual período do ano anterior.
Mas Luiz Carlos Moraes, presidente da entidade, destaca que o resultado em dólares, US$ 810 milhões 841 mil, 0,4% superior ao de outubro de 2018, ocorreu por causa do “melhor mix de produtos exportados e dos números positivos de embarques para alguns países, como o México”.
No acumulado do ano as exportações de automóveis e comerciais leves para o México totalizaram 56 mil 186 unidades, crescimento de 41% sobre o ano anterior. A Colômbia também merece destaque este ano com 42 mil 118 unidades exportadas, incremento de 99%. E apesar do número ainda ser baixo, 15,9 mil unidades, o aumento de 24% mostra uma tendência de que há mercado para o veículo nacional nesses países. Já o Chile, anteriormente citado como um mercado promissor, registra queda nos embarques: as 37,9 mil unidades deste ano representam queda de 19% com relação a 2018.
“Esses países não compensam os volumes exportados para a Argentina”, ponderou o presidente da Anfavea. “porque os volumes ainda são muito pequenos.”
De janeiro a outubro foram exportadas 367 mil 463 unidades, retração de 34,7% sobre igual período do ano passado. A projeção da Anfavea é a de que este ano as exportações caiam 33,2%.
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