São Paulo – Saíram das linhas de montagem no mês passado 11,2 mil caminhões, volume que supera em 10,5% o total fabricado em fevereiro, 10,2 mil unidades, mas que fica 8,9% aquém de março de 2023, 12,3 mil unidades. Apesar deste recuo trata-se da maior produção registrada em doze meses.
Os dados foram divulgados durante entrevista coletiva à imprensa da Anfavea na segunda-feira, 8. De acordo com o vice-presidente Eduardo Freitas eles demonstram recuperação uma vez que no trimestre foi registrada alta de 19,7% na quantidade fabricada, 29,3 mil caminhões, contra 24,5 mil de janeiro a março de 2023.
“É preciso lembrar que em janeiro e fevereiro do ano passado, durante a transição para o Proconve P8, muitas fábricas estavam paradas, e naquele período ainda havia grande quantidade de estoque de unidades de Euro 5. A produção, portanto, foi retomada com mais força em março.”
Para Freitas o resultado demonstra que, aos poucos, o setor se aproxima de seu patamar normal de mercado, vencido o período de adaptação com a mudança de motorização. O volume produzido no acumulado do ano, no entanto, ainda está abaixo do registrado em 2022, 34,4 mil caminhões, e em 2021, 33,1 mil.
Com relação às vendas em março foram emplacados 9,9 mil caminhões, incremento de 18% ante fevereiro, que registrou 8,4 mil, mas leve recuo de 1,6% com relação ao mesmo mês do ano passado, 10,1 mil unidades.
“Neste comparativo é importante ponderar que o mês passado teve três dias úteis a menos do que março de 2023. Contou, porém, com a mesma quantidade de dias úteis que fevereiro. Além disso a média diária dos emplacamentos ficou em 495, maior do que um ano atrás.”
No trimestre as vendas de 26,5 mil caminhões ficaram 7,5% abaixo do registrado de janeiro a março de 2023, 28,6 mil unidades – movimento que, segundo Freitas, foi impulsionado pela corrida por veículos Euro 5, com preços mais atrativos” “A partir de abril esta diferença deverá diminuir uma vez que as montadoras puderam vendê-los até março do ano passado”.
Quando se olha para os acumulados de 2022 e 2021 os volumes estão similares: foram emplacados 26,9 mil e 26,1 mil caminhões, respectivamente.
As exportações somaram 3,3 mil unidades no trimestre, queda de 25,6%. Em março foram exportados 1,3 mil, quantidade 23,7% abaixo do mesmo mês do ano passado e 2,9% acima de fevereiro.