AutoData - Renault Duster muda por dentro e por fora
Lançamento
04/03/2020

Renault Duster muda por dentro e por fora

Imagem ilustrativa da notícia: Renault Duster muda por dentro e por fora
Foto Jornalista  André Barros

André Barros

Foz do Iguaçu, PR – Nenhuma peça externa da geração anterior do Renault Duster foi mantida na segunda geração, que começa a chegar à rede de concessionárias nas próximas semanas. Lanternas, capô, portas, para-choque, tampa do porta-malas: nada foi aproveitado pela fabricante, que promoveu, também, mudança radical no interior, com destaque para o painel e a nova central multimídia.

 

Itens de segurança como ESP, controle de estabilidade, TCS, controle de tração, e HSA, assistente de partida em rampas, foram agregados de série a toda a linha do utilitário esportivo, bem como o sistema start-stop, solução encontrada pela Renault para elevar a eficiência energética do motor 1.6 SCe flex de 120 cv, agora único na gama que aposentou o 2.0, mas já antigo – ainda traz o tanquinho de gasolina para auxiliar na partida a etanol.

 

Foram repaginados também o catálogo e a nomenclatura das versões: a Zen, de entrada, parte de R$ 71 mil 790 com transmissão manual e de R$ 77 mil 790 com a CVT, com possibilidade de agregar um pacote com o sistema multimídia Easylink por R$ 3 mil. A Intense, intermediária, sai por R$ 83 mil 490 e a Iconic R$ 87 mil 490, tendo os pacotes Couro, por R$ 1,7 mil, e Outsider, R$ 2,3 mil, como opções.

 

A Renault busca retomar espaço naturalmente perdido desde 2011, quando o Duster foi lançado no mercado brasileiro e tinha apenas um competidor direto, o Ford EcoSport. À época chegou a liderar o segmento que não representava nem 10% do mercado. Segundo a Renault circulam pelas ruas e estradas brasileiras mais de 280 mil Duster produzidos no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, PR.

 

“O mercado era muito diferente em 2011”, relembra Ricardo Gondo, presidente da Renault no Brasil. “Quando lançamos o Duster eram apenas dois competidores no segmento SUV B, que representava 2,4% das vendas. Agora são doze modelos competindo e 16% dos emplacamentos. Nosso objetivo é crescer em volume e participação com o Novo Duster.”

 

Ao desenvolver a nova geração a Renault seguiu a premissa de manter um valor percebido mais elevado, dando ao Duster a impressão de ser um modelo de categoria superior. Internamente, embora o plástico seja material predominante, consegue transmitir essa sensação, muito pela harmonia visual com a central Easy Link.

 

“É um sistema com tela de 8 polegadas sensível ao toque, customizável para até cinco usuários e com possibilidade de parear dois smartphones ao mesmo tempo”, contou o diretor de marketing Federico Goyet. “É como se fosse um tablet controlando o carro.”

 

 

Junto à Easy Link pode ser instalado o sistema Multiview, formado por quatro câmeras – uma dianteira, duas laterais e uma traseira – que dá ao condutor a visão do exterior na tela do sistema.

 

O desenho exterior dá ao Duster aparência mais robusta, confirmada pela própria estrutura da plataforma B0 Plus, uma evolução da B0. Segundo Goyet a estrutura do veículo foi reforçada e o Duster possui a maior altura do solo, 237 mm, e maiores ângulos de entrada e saída, 30° e 34,5°, do segmento.

 

O presidente Gondo disse que o índice de nacionalização da nova geração está na casa dos 70%. Para produzi-la em São José dos Pinhais a Renault instalou uma nova linha de carrocerias e transferiu a produção da picape Oroch para a CVU, fábrica de veículos utilitários do Complexo Ayrton Senna – agora é montada ao lado da Master. O novo Duster compartilha linha com a Captur na fábrica de veículos de passeio, enquanto ao lado são montados Kwid, Logan, Sandero e Stepway.

 

O Duster produzido em São José dos Pinhais será exportado para diversos mercados da América Latina, mas a Argentina desde 2018 recebe o modelo produzido na Colômbia – e assim deverá continuar.

 

Fotos: Divulgação.