São Paulo – Fornecedores da CNH Industrial instalados no Brasil estão aproveitando as oportunidades criadas pela valorização do dólar, que torna o produto local mais competitivo no mercado global, para minimizar a questão dos volumes menores decorrentes da crise gerada pela pandemia de covid-19 no mercado doméstico com novos contratos de exportação. A própria companhia, que tem em seu portfólio veículos comerciais pesados, máquinas agrícolas e rodoviárias e sistemas de powertrain, tem auxiliado as empresas a mapear em suas operações possibilidades de ampliar as exportações da cadeia.
“É um sistema de ganha-ganha”, disse Cláudio Brizon, diretor de compras da CNH Industrial para a América do Sul. “O fornecedor amplia seus volumes e melhora a saúde do seu negócio e a companhia aumenta sua eficiência ao adquirir peças e componentes mais competitivos”.
O programa começou a funcionar no segundo trimestre e, apesar da pandemia ter acelerado sua implantação, era uma questão que estava na pauta dos executivos da área de compras. Brizon explicou que a elevada taxa de nacionalização das empresas da CNH Industrial, superior a 60%, abre muitas oportunidades, potencializadas pelo dólar acima dos R$ 5.
A primeira etapa foi reunir os fornecedores e buscar as oportunidades dentro do universo CNH Industrial. Atualmente as equipes trabalham para definir os últimos pormenores, como aprovação dos produtos, adequação para o mercado externo e outras pequenas burocracias contratuais. “A expectativa é a de que as primeiras exportações ocorram no fim de outubro, meados de novembro”.
Seis fornecedores integram este primeiro passo do programa, segundo o diretor de compras. Serão atendidas fábricas do grupo nos Estados Unidos e na Europa.
Outros casos de exportações de fornecedores brasileiros para operações da CNH Industrial fora do País já ocorrem fora deste programa. Um exemplo é da Agropertences, de Cachoeira do Sul, RS: eles desenvolveram um rotor, com especificações técnicas distintas, para ser aplicado em máquinas produzidas pela CNH Industrial aqui, com custo inferior ao da peça original. A solução agradou a uma operação na Polônia que, hoje, abastece suas linhas com o componente produzido por aqui.
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