São Paulo — A ABB expandiu sua oferta de robôs na América do Sul com o lançamento de dois modelos, o GoFa e o Swifiti. Com eles pretende buscar oportunidades de negócios em pequenas e médias empresas do setor automotivo, onde ainda tem pouca penetração, ao contrário das grande companhias, onde tem operação já consolidada, sobretudo nas montadoras.
A capacidade de carga de um para outro varia de 4 a 5 quilos, o que denota a aplicação em tarefas menos complexas do que os modelos ABB mais robustos que são amplamente utilizados na montagem de chassis e nas cabines de pintura, por exemplo. O porte compacto, no entanto, não é o principal atrativo dos equipamentos: a característica na qual a fabricante deposita fé para conquistar o mercado de PMEs está em seus sistemas operacionais.
Isso porque os dois robôs colaborativos são configurados e operados por meio de aplicativo instalado em tablet ou smartphone. A ideia aqui é que o modo de operação simplificado tenha aderência ao negócios das pequenas e médias empresas, uma vez que, em tese, dispensa equipes de programação que são comuns apenas em companhias maiores.
"A aplicação de robôs colaborativos será uma realidade nas pequenas empresas em três ou quatro anos", disse Rodrigo Bueno, diretor de robótica da ABB. "Precisávamos dessa expansão e observamos oportunidades em vários setores com estes dois equipamentos, como alimentação, automotivo, dentre outros."
Os robôs são produzidos em fábricas ABB na China, nos Estados Unidos e na Suécia. A unidade brasileira é responsável pela parte comercial, integração dos robôs e treinamentos de clientes. Em condições normais, ou pré-pandêmicas, o equipamento chegaria no País em cerca de dezesseis semanas. No cenário atual, disse o executivo, o prazo de entrega está um pouco além.
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