São Paulo – A Volkswagen trabalha para reduzir os custos das baterias dos veículos elétricos e torná-las mais acessíveis ao consumidor, dentro do seu planejamento de expansão da eletrificação, sobretudo na Europa, para atender às rigorosas exigências de emissões previstas pela União Europeia. Ao mesmo tempo em que desenvolve novas tecnologias que visam ao barateamento das baterias a companhia investe em produção própria e em seis gigafábricas, como são chamadas suas unidades produtivas de bateria, que serão inauguradas na Europa nos próximos anos.
O executivo à frente dessa empreitada é um conhecidos dos brasileiros: Thomas Schmall, integrante do Conselho de Administração do Grupo Volkswagen responsável por Tecnologia e CEO do Volkswagen Group Components, que presidiu a VW Brasil de 2007 a 2014. Ele disse que essas gigafábricas entrarão em operação até 2030.
Cada fábrica terá capacidade para produzir até 40 GWh de baterias. Duas têm localização e escopo definidos: a de Skellefteå, Suécia, começará a produzir células de bateria premium a partir de 2023 em parceria com a Northvolt, e a de Salzgitter, Alemanha, produzirá célula unificada para segmento de alto volume a partir de 2025. Ambas serão alimentadas por energia produzida a partir de fontes renováveis, garantiu a companhia.
A célula unificada é a aposta da Volkswagen para os segmentos de entrada e alto volume. Segundo a companhia o custo e a complexidade do componente serão reduzidos ao mesmo tempo em que crescerão autonomia e desempenho. A meta estabelecida para Schmall prevê redução de 50% nos custos para veículos de entrada e 30% nos de alto volume.
"Usaremos nossa economia de escala para beneficiar nossos clientes também no que diz respeito à bateria. Na média reduziremos o custo dos sistemas de baterias para significativamente abaixo de 100 euros por quilowatt-hora. No fim isso fará da mobilidade elétrica uma tecnologia de propulsão acessível e dominante."
Outras frentes de trabalho estão sendo tocadas internamente. A Volkswagen pretende integrar etapas ao longo da cadeia de produção para facilitar a reciclagem industrial e tornar o carro elétrico uma fonte de armazenamento de energia nas redes elétricas. A ideia é que a partir de 2022 seja possível coletar energia solar, armazenar nas baterias dos elétricos produzidos sobre a plataforma MEB e alimentar a rede doméstica de energia, reduzindo ainda mais o custo de operação dos carros elétricos.
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