São Paulo – As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus encerraram o primeiro trimestre com 527,9 mil unidades, recuo de 5,4% na comparação com os primeiros três meses do ano passado, segundo dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData. Em março foram emplacados 189,4 mil veículos, 15% a mais do que no mesmo mês de 2020, que também sofreu impacto da pandemia da covid-19, com restrições de circulação e fechamento de concessionárias a partir da segunda quinzena.
Na comparação com fevereiro o mercado, em março, avançou 13%. As vendas diárias de março, em média, foram de 8,6 mil veículos, ante 8,4 mil unidades no mês anterior.
Cabe lembrar que no mês passado muitas cidades enfrentaram restrições mais rigorosas de isolamento, com concessionárias voltando a fechar as portas para vendas e até com antecipação de feriados em locais com importante contribuição para os volumes do mercado, como São Paulo e Rio de Janeiro, RJ.
Foi o pior resultado para um primeiro trimestre desde 2017. Mesmo assim, diante do contexto de recrudescimento da pandemia e das medidas de isolamento, e das dificuldades enfrentadas pela indústria na questão das peças e componentes, o resultado 5,4% abaixo de janeiro a março de 2020, com dois meses de vendas sem nenhum impacto da covid-19, não deve ser encarado com pessimismo.
Mas o sinal amarelo permanece aceso, e piscando, segundo fonte do varejo ouvida pela reportagem. A parada de algumas fábricas novamente desabasteceu a rede e os estoques estão baixos, embora exista, também, mais cautela do consumidor na hora de fechar negócio.
Toda essa movimentação de fábricas sem produzir, paradas para tentar conter a pandemia, e o descompasso na cadeia de suprimentos mexeu com o ranking, de marcas e de modelos. Em março, segundo os dados preliminares do Renavam, a liderança por modelos ficou com a Fiat Strada, seguida por Hyundai HB20. Em marcas a Fiat liderou, com a Volkswagen na segunda posição.
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