São Paulo — As fabricantes de máquinas agrícolas e rodoviárias projetam indicadores positivos no balanço setorial de 2021, ainda que no caminho existam entraves importantes a serem superados por essa indústria. Como observou Ana Helena Correa de Andrade, uma das vice-presidentes da Anfavea, no Workshop AutoData Máquinas Agrícolas e de Construção, realizado na segunda-feira, 12, por meio online: "O câmbio favorece o exportador e o mercado interno está aquecido, como vimos no encerramento de 2020. Por outro lado há indefinições, por exemplo, acerca do Plano Safra 2021-2022, que ainda está em aberto".
São esperadas, ainda assim, 273,8 milhões de toneladas na próxima safra. Caso se confirme a expectativa o volume sera 6,5% maior do que o colhido na safra anterior. A expectativa para o PIB no ano é de crescimento de 3,5%, o que, segundo Correa de Andrade, seria um bom cenário para a aquisição de ativos no setor agrícola: "A demanda global por alimentos aumentará em 2021, puxada pela China, e isso cria uma tendência de renovação de máquinas e equipamentos afora a demanda do mercado interno".
Nas contas da Anfavea em 2021 o mercado interno de máquinas e equipamentos deve crescer 7%, para 50,3 mil unidades. As exportações, por sua vez, deverão crescer 9%, com 9,4 mil unidades embarcadas até dezembro. Os resultados refletem na projeção de produção, 23% maior no comparativo de 2021 com 2020.
Na lista de desafios a serem superados pelo setor no ano constam falta de insumos, gargalos logísticos, lockdowns por causa da covid-19 e, principalmente, pressão sobre custos e preços exercida pelos reflexos da pandemia na economia global.
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