São Paulo – Ao comparar os resultados dos primeiros meses deste ano com o mesmo período do ano passado o diretor comercial para a divisão automotiva da SKF, Daniel Leite, observou: “Quem não tirou o pé durante a pandemia se saiu melhor. Nós montamos três cenários e, mesmo apostando no mais pessimista, nos surpreendemos”.
As receitas quase dobraram na comparação de um ano para o outro. É a consolidação de uma recuperação iniciada há quatro anos, quando a diretoria da SKF definiu um planejamento para ampliar a participação da fornecedora de rolamentos no mercado automotivo. O foco, que antes era no segmento pesado, foi expandido para a linha leve. Começou então a corrida, bem sucedida, de buscar novos contratos OEM.
A parceria em desenvolver soluções para os atuais e futuros lançamentos de veículos pela indústria deu bons resultados, que já são traduzidos em números positivos no caixa da SKF. Ao mesmo tempo em que buscava diversificar clientes, produtos e mercados a companhia investia em sua fábrica de Cajamar, SP.
“Investimos muito em tecnologia”, afirmou Leite. “É outra fábrica na comparação com quatro, cinco anos atrás. Introduzimos muitos conceitos de Indústria 4.0, instalamos muitos robôs nas linhas. Isso reforça nosso compromisso com o Brasil”.
Novos contratos foram ganhos e Leite garantiu que a SKF faz parte de mais projetos, que chegarão ao mercado no futuro. Para a SKF é importante a relação com as montadoras, pois seus produtos são duradouros e não têm demanda forte na reposição – tanto que, dentro dos negócios automotivos, o aftermarket representa 35% das receitas.
Leite projetou crescimento de 30% nas vendas SKF no negócio automotivo em 2021, com possibilidade de passos mais ousados nos anos seguintes. Este é, dentro da SKF Brasil, o segmento mais importante: responde por 60% dos negócios.
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