São Paulo – A John Deere apresentou a pá carregadeira 444G, desenvolvida para atender a demanda do Brasil e América Latina e que será produzida na fábrica de Indaiatuba, SP. De lá poderá ser exportada para cerca de 80 países com controles de emissão de poluentes iguais ou inferiores ao mercado brasileiro, informou a empresa.
O equipamento chega para complementar o portfólio da fabricante de máquinas, que até então só oferecia pás carregadeiras maiores, que em alguns casos não atendiam a demanda dos clientes, que buscavam um produto menor e com custo total de operação mais baixo.
Os primeiros seis meses de produção serão para abastecer seus revendedores nacionais e da região e, logo depois, a primeira exportação já está programada: "Vamos atender o mercado dos Estados Unidos com o equipamento produzido em Indaiatuba. É um motivo de grande orgulho para nossa operação", disse Adilson Butzke, diretor de vendas da divisão de construção da John Deere na América Latina.
No Brasil o mercado de pás carregadeiras gira em torno de 6,3 mil unidades ao ano, sendo que a Classe A, onde está posicionado o lançamento 444G, representa 37% das vendas. Em 2019 respondeu por 30%, comprovando o crescimento que está sendo puxado por três segmentos: agronegócio, construção civil e locação, que correspondem por 60% da demanda anual.
Para avançar nesse mercado a John Deere aposta no consumo de combustível 40% menor da 444g na comparação com um de seus principais concorrentes: "Fizemos os testes na fábrica de Indaiatuba e chegamos a esse resultado que entregará uma grande vantagem econômica aos clientes", contou Tomas Spana, gerente de vendas no Brasil.
A produção do equipamento e de toda a linha amarela da John Deere não deverá ser afetada pela crise global de semicondutores, mesmo com alto nível de conectividade. Como a empresa já esperava a expansão do mercado, antecipou a compra do componente, como fez com pneus, esteiras e motores:
"Até agora a nossa unidade de Indaiatuba não ficou parada nenhum dia, mas acreditamos que esse apagão na cadeia continuará nos próximos meses. Nosso time de logística seguirá trabalhando na antecipação. Não vejo, até agora, algum gargalo por falta de componentes", afirmou Butzke.
Na linha agrícola o diretor reconheceu que já aconteceram alguns pequenos atrasos na entrega das máquinas por causa de componentes importados que demoraram dois ou três dias a mais para chegar.
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