São Paulo – A produção de motocicletas somou 663,9 mil unidades de janeiro a julho, melhor resultado para o período desde 2015, informou a Abraciclo, associação que representa as fabricantes instaladas no PIM, Polo Industrial de Manaus, na quarta-feira, 11. Na comparação com igual período de 2020 houve expansão de 35,4%. O resultado acumulado motivou a revisão para cima dos números projetados para 2021.
Em julho foram produzidas 95 mil motocicletas, recuo de 9,9% ante junho e de 3% com relação a julho de 2020. Essa desaceleração já era esperada pela entidade, porque no período estavam programados cerca de dez dias de férias coletivas, como em todos os ano, lembrou o presidente Marcos Fermanian.
"As férias fizeram com que a sensação de falta de produto nas revendas fosse maior, mas na prática isso será normalizado na primeira quinzena de produção de agosto".
Ele confirmou que o ritmo maior de produção no ano ajudou a reduzir a fila de espera do mercado, que estava em torno de 100 mil motocicletas no começo do ano, volume que foi reduzido pela metade até julho, segundo as suas contas.
Os emplacamentos até julho envolveram 629,7 mil motocicletas, expansão de 44,7%, impulsionados pela maior demanda dos clientes e pela maior disponibilidade de crédito. Em julho as vendas somaram 112,5 mil unidades, crescimento de 5,5% sobre junho e de 32,2% ante igual período de 2020.
As exportações cresceram 115,4% no acumulado do ano, com 32,3 mil unidades embarcadas, incremento conquistado sobre uma base baixa de 2020 — mesmo assim Fermanian classificou o avanço como significativo para a indústria nacional. Em julho foram exportadas 6 mil motocicletas, alta de 36,7% na comparação com o mês anterior e de 36% com relação a julho de 2020.
Argentina, Colômbia e Estados Unidos foram, na ordem, os principais destinos das motocicletas brasileiras até julho.
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