São Paulo – O bom momento do agronegócio e seu impacto na produção de pneus de carga trouxe otimismo à Prometeon, que tem colhido bons frutos desde que Eduardo Fonseca, CEO para as Américas, assumiu o cargo, em junho de 2020. Apesar das dificuldades trazidas pela pandemia do novo coronavírus, que deixou fechadas as duas plantas da companhia por um mês no ano passado, o horizonte é otimista.
Conforme o executivo afirmou à Agência AutoData, a expectativa para 2021 é ampliar o faturamento em dois dígitos, considerando uma base de comparação mais fraca do ano passado. Quanto à produção de pneus para caminhões, perspectiva é a de incremento de 20%, chegando a 2,5 milhões de unidades anuais.
Para o ano que vem, a ideia é manter o volume e enriquecer o mix de produtos com tecnologias diferentes.
Como boa parte do modal de transporte para o agronegócio é rodoviário, o setor está com um desempenho muito bom, o que é refletido nas projeções. “O segmento de agro e pesados está aquecido e estamos procurando atender a demanda do mercado da melhor maneira possível. Sabemos que a história econômica do Brasil mostra que são ciclos, e hoje temos um ciclo positivo de demanda, mas em algum tempo, naturalmente, pode se tornar negativo. Então estamos aumentando a produção em Gravataí, RS, e Santo André, SP, para aproveitar o momento positivo para pneus de carga, tanto para montadoras como na área de reposição.”
Fonseca antecipou, sem abrir números, que há série de investimentos previstos para Gravataí e Santo André. E que, embora não sejam quantias de grande porte, serão importantes para quebrar gargalos de fabricação e aumentar a produção diária. “Isso foi motivado, além do bom momento dos pneus para pesados e agro, pelos pedidos dos nossos clientes, que mostram projeções de manutenção dos volumes atuais nos próximos anos.”
A Prometeon, que fornece para todas as montadoras do País e revende para mais de quinhentos clientes, anunciou na segunda-feira, dia 23, aporte de US$ 1 milhão para atualizar laboratório de desenvolvimento de produtos e testes em Santo André, o que sairá do papel no segundo semestre do ano que vem. E, até o fim de outubro, vai inaugurar centro logístico dentro da mesma unidade, onde desde julho de 2020 está a sede da empresa.
O portfólio de pneus da Prometeon, voltados a veículos comerciais, máquinas agrícolas e veículos fora de estrada das marcas Pirelli, Formula, Anteo, Tegrys e Eracle, tem 80% do volume direcionado para caminhões e 20% para agro. Um quinto desse total é exportado para a América Latina.
“Nosso foco é aproveitar o bom momento do Brasil e ter responsabilidade com o mercado local. Não vamos deixar de exportar, mas não temos planos de ampliar a parcela enviada a outros países no momento.”
Elétricos – O CEO para as Américas revelou que a companhia possui em andamento dois projetos com montadoras, cuja identidade não pode ser revelada por motivos de confidencialidade, para desenvolver produtos direcionados a veículos elétricos. “Estamos muito envolvidos com a questão da eletrificação. A Prometeon quer ser líder no Brasil de pneus para caminhões e ônibus elétricos.”
Embora não tenha revelado o porcentual da produção que planeja destinar à nova tecnologia, ele assegurou que haverá crescimento substancial dessa linha.
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