São Paulo – Meio ambiente, desenvolvimento social e governança são temas considerados prioritários para a operação brasileira da Renault, centrada no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, PR, onde produz seus automóveis, comerciais leves, motores e outros componentes. A companhia, por meio do Instituto Renault, colabora com a Associação Borda Viva, que atende a comunidades carentes no bairro da Borda do Campo, próximo ao complexo industrial. De lá bolsas bordadas por mulheres da região saem para Paris e são vendidas em loja próxima à Champs-Élysées, em um exemplo de projeto fomentado pela empresa para ajudar a desenvolver o social.
Outros foram apresentados pelo presidente Ricardo Gondo no Seminário Brasil Elétrico+ESG, organizado pela AutoData Editora da segunda-feira, 13, a quarta-feira, 15. Esta parceria gera impacto direto a 11,5 mil pessoas da região, calcula o executivo.
Na área do meio-ambiente, além de tornar a fábrica Zero Aterro em 2016, a Renault centra seus esforços nos veículos elétricos. Projetos de compartilhamento de veículos interno, em Brasília, DF e até na ilha de Fernando de Noronha, PE, impulsionam a adoção dos elétricos.
“A partir de 2026 os elétricos devem igualar, em preço, aos modelos a combustão na Europa”, disse Gondo. “No Brasil essa aceleração depende da política pública adotada. O importante é que muitos clientes já estão de olho na tecnologia eletrificada para que eles possam cumprir seus objetivos ESG”.
Na área de governança a Renault tem projeto de alcançar 50% dos cargos gerenciais ocupados por mulheres no médio prazo. Hoje está em 30%: “Mapeamos internamente e no mercado potenciais mulheres para ocupar os cargos de gestão. Além de contratar para vagas que definirmos que serão ocupadas por mulheres, estamos fomentando pessoas que já trabalham na Renault”.
Em recente processo seletivo de estagiário das 190 pessoas contratadas pela Renault 70% eram mulheres e 25% se declaravam LGBTQIA+. Para garantir um ambiente seguro a todas essas pessoas a Renault contratou uma empresa terceirizada para gerir seu canal de ouvidoria – e dar a certeza do anonimato a denunciantes e denunciados para que a investigação siga de forma justa.
Gondo disse que, ainda, não estão sendo exigidos dos fornecedores e parceiros comerciais a adoção de medidas ESG. “Exigimos que cumpram as medidas de compliance e combate a corrupção. De resto, ainda não temos uma política para que o ESG seja difundido na cadeia”.
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