São Paulo – A Stellantis depositará suas fichas em diferentes potes da eletrificação. Breno Kamei, diretor de programas e planejamento de produto para a América do Sul, afirmou durante o Seminário Brasil Elétrico+ESG, organizado pela AutoData Editora até a quarta-feira, 15, que são vários os caminhos a serem seguidos, especialmente no Brasil, que não possui poder de compra para uma rápida adoção dos elétricos como, por exemplo, a Europa e os Estados Unidos.
Há outro fator complicador: por aqui, ao contrário dos mercados maduros e até da China, não há sinalização de que o governo entre como subsidiário da tecnologia: “Mas é inevitável: o Brasil integra o plano global de eletrificação da Stellantis. Participaremos ativamente, seremos protagonistas no processo e há muito a ser feito”.
Kamei destacou a importância do etanol, inclusive neste processo. Descartou, porém, a adoção de apenas uma tecnologia, como a híbrido-flex: segundo ele todas deverão caminhar em paralelo, ao menos dentro do planejamento Stellantis. A companhia iniciou sua estrada para a eletrificação com o Fiat 500e mas outras novidades, com diferentes soluções de powertrain, serão apresentadas nos próximos meses.
Não descarta a produção local: “Quando dizemos em trazer para cá, falamos no sentido de oferecer para o mercado. Obviamente este início começa com uma base estabelecida lá fora, pois é importante criar as condições certas para investir em inovação tecnológica. Mas produzir localmente está nos planos e devemos ter novidades em breve”.
Ainda antes dos produtos a Stellantis olhou para dentro e buscou zerar suas próprias emissões de CO2. Sua fábrica de Goiana, PE, por exemplo, é a primeira carbono neutra da região, incluindo o parque de fornecedores. Kamei disse que outras operações locais estão neste processo e até mesmo a rede concessionária deverá se adequar, no futuro próximo, a este objetivo.
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