São Paulo – Embora veículos Ford não sejam mais manufaturados por metalúrgicos brasileiros desde janeiro, quando a companhia decidiu não mais produzir veículos por aqui, há, e ainda haverá, neles, desenvolvimentos de engenheiros locais. O Centro de Desenvolvimento de Camaçari, BA, e o Campo de Provas de Tatuí, SP, permaneceram abertos após a reestruturação dos negócios no Brasil e seus funcionários estão debruçados sobre projetos que incluem tecnologias conectadas, eletrificadas e autônomas de veículos globais.
Um exemplo é o utilitário Transit, que chegará ao mercado brasileiro ainda em 2022. Ele traz desenvolvimentos da equipe local em parceria com a engenharia da Alemanha e do Reino Unido, segundo a Ford. Foram mais de 20 mil horas de trabalho e 1 milhão de quilômetros rodados em condições reais em testes de desempenho, validação e durabilidade para que o modelo atenda às características de clima, estradas, combustível, trânsito e modo de dirigir de consumidores no Brasil e na América do Sul.
Outros modelos que compõem e integrarão o portfólio Ford local passarão pela estrutura da engenharia brasileira, segundo o vice-presidente de assuntos institucionais, Rogelio Golfarb. Mas não será só isso: a engenharia local está inserida no centro global de desenvolvimento Ford. Em outras palavras engenheiros daqui trabalham em projetos relativos a veículos produzidos lá fora.
“O Brasil é competitivo em custo para projetos de engenharia”, disse Golfarb. “Na Ford aplicamos soluções para projetos regionais e também para exportação.”
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