São Paulo – Compartilhar ou criar felicidade para todos, clientes e não clientes, uma vez que a indústria automobilística é uma bolha e nem todos têm poder aquisitivo para comprar um carro novo. Essa é a premissa da Toyota em sua jornada rumo à sustentabilidade e à adoção da agenda ESG. A empresa quer zerar a emissão de carbono em suas fábricas até 2035.
Durante apresentação no último dia do Seminário Brasil Elétrico+ESG, realizado de forma online pela AutoData Editora de 13 a 15 de setembro, a diretora de comunicação e sustentabilidade da Toyota para América Latina e Caribe, Viviane Mansi, relatou que já há consumidores tomando decisão de compra baseada em aspectos de cuidados com meio ambiente, éticos e de responsabilidade com seu produto final. Mas que é preciso ser uma boa empresa também para quem não pode comprar seu produto.
“Ainda mais no Brasil, onde nem temos carro de entrada. Temos produto de valor muito alto e para atingir a missão da Toyota, de felicidade para todos, é preciso fazer muito mais. Temos que ser exemplo de governança. Temos que criar empregos, pagar impostos, crescer, criar competitividade para todos. Porque quando agimos dessa maneira levamos competitividade também para os fornecedores. Temos longa cadeia que se beneficia do nosso sucesso.”
A responsabilidade da indústria automotiva, acredita Mansi, vai além de vender carros. E da porta para dentro passa pelo relacionamento com o chão de fábrica, por exemplo, para identificar iniciativas que melhorem a atividade, reduzam o consumo de água e luz e valorizem o profissional.
A Toyota utiliza valores de sua cultura étnica a favor ao aplicar o conceito karakuri para aproveitar a energia gerada pelos movimentos das peças – suas quatro fábricas no Brasil usam energia limpa. Também são adotadas práticas de economia circular por meio de partes de uniformes e EPIs que não são mais usados e se transformam em matéria-prima para a produção de novas peças, como o isolante acústico que vai no Corolla sedã.
Uma das precursoras dos carros elétricos e híbridos no Brasil a Toyota tem como um de seus compromissos a demonstração da viabilidade dessas tecnologias e a análise de se a sociedade estará preparada para seus impactos, como os tipos de emprego que elas requerem: “O maior desafio é aprender a usar a máquina como extensão das habilidades humanas e não como substituição delas”.
Não à toa detém uma das dez melhores reputações do Brasil e é a única representante da indústria automotiva no Top 20 da lista da Merco Monitor Empresarial. No ranking de ESG é a primeira do setor e a décima-terceira na lista geral.
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