São Paulo – A produção de motocicletas ultrapassou a marca de 1 milhão de unidades até outubro, com 1 milhão 5 mil unidades, melhor resultado para o período desde 2015. Na comparação com igual período do ano passado o volume foi 28,1% maior, de acordo com dados divulgados pela Abraciclo, entidade que representa o setor.
Em outubro as fabricantes instaladas no PIM, Polo Industrial de Manaus, produziram 108,5 mil unidades, mantendo o ritmo acima de 100 mil unidades, com crescimento de 19,3% ante igual mês do ano passado. Na comparação com setembro houve recuo de 0,4%.
As vendas seguem sob a influência do baixo estoque nas concessionárias e do longo prazo de espera que os consumidores enfrentam para receber uma motocicleta 0 KM. Em outubro foram vendidas 97 mil, leve alta de 0,9% ante outubro do ano passado. Com relação a setembro houve uma desaceleração de 10,8%, causada pela demanda maior do que a oferta.
De janeiro a outubro foram emplacadas 938 mil unidades, crescimento de 29% com relação ao mesmo período do ano passado.
As exportações chegaram a 47 mil unidades no acumulado do ano, incremento de 79,8%. A Argentina segue como principal destino das motocicletas nacionais, representando 28% do volume exportado, seguida por Colômbia, 22%, e Estados Unidos, 21,9%.
Projeções – A Abraciclo fez leves ajustes nos números de seus resultados projetados para 2021, elevando de 1 milhão 220 mil para 1 milhão 223 mil a expectativa de produção, o que representa expansão de 27,1% sobre 2020.
No varejo a projeção saiu de 1 milhão 140 mil para 1 milhão 144 mil. Nas exportações a mudança foi de 4 mil unidades, subindo de 51 mil para 55 mil.
Para 2022 a entidade ainda não divulgou suas projeções oficiais, mas o presidente Marcos Fermanian, que participou do Congresso AutoData Perspectivas 2022, disse que o setor seguirá por dois caminhos: estabilidade ou crescimento sobre 2021, impulsionado por alguns fatores como a maior demanda por transporte individual e o crescimento das entregas realizadas com motocicletas.
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