Criciúma – Na reta final de 2021 a Librelato celebra os bons resultados, com crescimento de 75% frente a 2020, e projeta encerrar dezembro com faturamento de R$ 1,8 bilhão. Puxada pela demanda do agronegócio, da infraestrutura, da energia eólica, da construção civil e do e-commerce, segmentos que deverão continuar aquecidos no ano que vem, a produção de implementos rodoviários passou de 9,4 mil para 13,7 mil este ano, o que significa avanço na produção de de 60 unidades/dia para 63. Esse desempenho motivou o investimento anunciado nesta quinta-feira, 18, de R$ 198 milhões para os próximos três anos, destinado à modernização das linhas de produção, à ampliação da capacidade e ao lançamento de uma nova linha de carroçarias, a Evolut.
Durante evento em Criciúma, SC, executivos da Librelato afirmaram que o foco "é oferecer produtos mais seguros e leves, que propiciem menor consumo de combustível", já a partir do ano que vem, quando esperam aumentar em 35% o faturamento.
O investimento trará um processo de modernização da fábrica de Içara, SC, onde está localizada a matriz da companhia. A unidade terá seu tamanho duplicado de 30 mil para 60 mil m2. E, também, transformará sua manufatura em 4.0, com a digitalização do processo produtivo. O plano é elevar o volume de 63 implementos/dia para 70 em 2022, chegando, ao fim de 2023, fabricando 90 unidades/dia.
Para avançar na automação foi adquirida na China a máquina de solda a laser que funciona sem operador e que custou R$ 10 milhões. Trata-se do primeiro equipamento do tipo no Brasil, com capacidade de 15 mil watts de potência, o que significa que ela é capaz de cortar 30 metros de chapa de aço por minuto. Para efeito de comparação máquina semelhante com 4 mil watts existente na fábrica corta meio metro por minuto.
Neste ciclo de investimentos R$ 50 milhões serão aportados no ano que vem. 60% serão destinados à melhoria da planta e 40% ao desenvolvimento dos produtos, de acordo com o CEO da Librelato, José Carlos Sprícigo.
Das atuais 13,7 mil unidades produzidas pela Librelato em torno de 1 mil são embarcadas para outros países, ou seja, 8% do total. A ideia, segundo Sprícigo, é ampliar essa parcela para 12% no ano que vem. Os principais mercados da companhia são Paraguai, que consome cerca de metade das exportações e onde a empresa detém 30% do mercado, Uruguai e Chile.
No mercado brasileiro a fabricante de implementos rodoviários detém 12,3% de market share, informou o diretor comercial Sílvio Campos: "Com a nova linha que produziremos em 2022 o objetivo é chegar a 14% de participação e, em 2023, ampliar para 15%. A ideia é ter um crescimento sustentável".
Diante das perspectivas Sprícigo afirmou que devem ser abertas cem novas vagas de trabalho em fevereiro. Hoje as três plantas da Librelato operam em três turnos, com 95% da capacidade de produção e 2,2 mil funcionários.
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